O recente corte de 0,5 ponto percentual nos juros básicos, anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), gerou opiniões divergentes entre o setor produtivo e as centrais sindicais do Brasil. Enquanto a indústria considera o ritmo de redução adequado, as centrais sindicais pressionam por cortes mais substanciais, argumentando que a política monetária ainda se mantém restritiva.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão do Copom foi apropriada e a expectativa de futuros cortes ajudará a aliviar as pressões negativas sobre a economia. O presidente da CNI, Robson Andrade, afirmou que a redução da Selic é necessária para não comprometer o combate à inflação e evitar mais restrições à atividade industrial. Ele destacou a importância de reverter a tendência de queda na concessão de crédito às empresas, que caiu 5% nos sete primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2022.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também se manifestou a favor da redução da Selic, citando a diminuição das expectativas inflacionárias e a desaceleração do mercado de trabalho como fatores que justificam o movimento. A entidade ainda enfatizou a importância da aprovação das reformas tributária e administrativa para melhorar o ambiente de negócios e estimular o crescimento econômico.
Por outro lado, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) considerou a redução da Selic positiva, mas pede cortes mais expressivos. Para a CUT, os juros básicos de 12,75% ao ano estão prejudicando a economia e continuam com a campanha #JurosBaixosJá, buscando taxas que impulsionem a criação de empregos e o aumento da renda.
A Força Sindical lamentou a decisão do Banco Central, considerando-a muito tímida, com apenas um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. A entidade acredita que uma redução mais drástica poderia estimular a criação de empregos e o aumento da produção no país, mas a taxa de 12,75% ainda inibe o consumo e restringe o acesso ao crédito.
A divergência de opiniões entre o setor produtivo e as centrais sindicais reflete a complexidade da política monetária e a busca por um equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo à atividade econômica no Brasil.
*Com informações da Agência Brasil.
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