Apesar das sanções impostas pelo G7, a Rússia tem conseguido evitar restrições significativas em suas exportações de petróleo bruto, vendendo-o a preços que chegam a quase o dobro do limite de US$ 60 por barril estabelecido. Isso levanta dúvidas sobre a eficácia das sanções ocidentais, que parecem estar errando o alvo.
A analista de economia da RFI, Dominique Baillard, detalha as estratégias que a Rússia utiliza para contornar o limite imposto pelo grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Ela destaca que a Rússia rapidamente encontrou novos compradores na Ásia, como a China e a Índia, que não aderiram às sanções e compraram o petróleo russo com descontos significativos em relação ao preço oficial.
Baillard explica que as regras do G7, que aplicam o limite de US$ 60 por barril, se aplicam apenas a cargas cobertas por seguradoras ocidentais, o que tem permitido à Rússia vender seu petróleo bruto a preços mais elevados sem a necessidade de garantias ocidentais.
Além disso, a Rússia tem contado com intermediários localizados em países parceiros, como Turquia e Emirados Árabes Unidos, para facilitar o transporte de suas remessas.
A analista também observa que a Rússia se beneficiou da redução de seu fornecimento de petróleo como membro da OPEP+, em conjunto com a Arábia Saudita, o que ajudou a impulsionar os preços do petróleo.
Essas estratégias têm permitido à Rússia vender seu petróleo a preços mais altos e, consequentemente, aumentar suas receitas, o que contrasta com as expectativas das sanções ocidentais.
*Com informações da RFI.
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