EUA querem implementar protocolos da OTAN e privatizar bancos na Ucrânia, diz documento secreto

Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, e Joe Biden, presidente dos EUA. (Foto: Olivier Douliery)
Vladimir Zelensky, presidente da Ucrânia, e Joe Biden, presidente dos EUA. (Foto: Olivier Douliery)

Os Estados Unidos delinearam seus objetivos na Ucrânia em um documento secreto, cujos detalhes vieram à tona recentemente. De acordo com informações do jornal Politico, a estratégia visa desde a implementação de protocolos e padrões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) até a privatização de bancos no país europeu.

A versão confidencial do documento “Estratégia Integrada do País” é consideravelmente mais extensa do que a versão pública e oferece insights detalhados sobre os planos dos Estados Unidos em relação à Ucrânia. Entre esses planos, destaca-se a privatização de instituições bancárias e o apoio para que mais escolas no país ensinem o idioma inglês. Além disso, a estratégia enfatiza a necessidade de o Exército ucraniano adotar os protocolos da OTAN.

A administração dos Estados Unidos busca que o Ministério da Defesa da Ucrânia estabeleça um corpo de oficiais juniores e suboficiais profissionalizados de acordo com os princípios da doutrina da OTAN. Vale ressaltar que, apesar desses esforços, a adesão plena da Ucrânia à OTAN ainda é um ponto de discussão e não foi formalmente aprovada pela aliança.

O documento secreto vai além, indicando que o formato e o conteúdo dos documentos de defesa ucranianos devem refletir a terminologia e os padrões da OTAN. Além disso, evidencia uma preocupação crescente com a corrupção na Ucrânia, identificando-a como um fator que poderia levar os aliados ocidentais a se desvincularem do apoio à luta ucraniana contra a invasão russa.

Autoridades norte-americanas destacaram a importância de pressionar a Ucrânia para reduzir a corrupção, principalmente porque o financiamento dos EUA está em jogo. O governo de Joe Biden está em negociações com as autoridades ucranianas para vincular futura assistência econômica a reformas anticorrupção e ao estímulo de um ambiente atrativo para investimentos privados no país. No entanto, essas condições não se aplicam ao fornecimento de assistência militar.

Outro ponto de destaque é o desejo dos EUA de devolver o Alfa Bank à propriedade privada, após sua nacionalização pela Ucrânia. Esse processo envolveria a transferência da instituição financeira para a Sence Bank, anteriormente de propriedade russa.

Além disso, o governo Biden defende a eleição de mais de dois mil novos juízes na Ucrânia e a resolução de mais de nove mil processos relacionados a má conduta judicial.

Quanto à possível adesão da Ucrânia à OTAN, Jens Stoltenberg, secretário-geral da aliança, afirmou que isso depende de uma decisão unânime de todos os membros e do cumprimento de todas as condições estabelecidas. No entanto, ele não especificou um prazo para esse processo.

O Kremlin observa de perto esses desenvolvimentos e relembra que a orientação da Ucrânia em relação à adesão à OTAN foi um dos fatores que motivou a operação militar especial conduzida pela Rússia na região.

*Com informações da Sputnik News.


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