Enel anuncia isenção de contas para clientes de baixa renda

Empresa isentará do pagamento por três meses clientes cadastrados no programa Tarifa Social afetados por apagão.
Empresa isentará do pagamento por três meses clientes cadastrados no programa Tarifa Social afetados por apagão.

A concessionária de energia Enel, responsável pelo atendimento à capital paulista e a 23 municípios da região metropolitana, declarou que isentará do pagamento da conta de energia por três meses os clientes cadastrados no programa Tarifa Social, afetados pelo apagão subsequente ao temporal de 3 de novembro. O anúncio ocorreu nesta quinta-feira (30/11/2023), após a empresa não apresentar um plano de indenização para os consumidores impactados dentro do prazo estipulado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O presidente da Enel em São Paulo, Max Xavier Lins, revelou durante o depoimento à CPI na quarta-feira (29) que a empresa não assinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público (MP) para indenizar os consumidores afetados, alegando que o prazo era insuficiente. A isenção nas contas também abrangerá clientes residenciais eletrodependentes, previamente cadastrados, que ficaram sem energia. A medida é válida apenas para os clientes registrados como Tarifa Social e eletrodependentes antes do evento climático.

“A companhia entende que a energia é um insumo essencial à sociedade e se solidariza com todos os consumidores impactados pelos severos danos causados pelas tempestades à rede elétrica”, afirmou a empresa.

A qualidade do serviço da Enel também é alvo de CPI na Câmara Municipal de São Paulo, e o presidente interino da concessionária no Brasil, Guilherme Lencastre, está previsto para depor na Alesp em 7 de dezembro.

A mudança na liderança da empresa, ocorrida em 23 de novembro, foi anunciada 20 dias após o apagão que afetou mais de 2,1 milhões de paulistas. O MP propôs um TAC à Enel em 8 de novembro, mas a empresa não concordou com os termos. A CPI estima que as indenizações variem entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. O presidente da CPI na Alesp, deputado estadual Thiago Auricchio (PL), criticou o descaso da empresa com os moradores impactados.

O Ministério Público informou que a Enel apresentou uma manifestação à Promotoria de Justiça do Consumidor, sem detalhar o conteúdo. A Procon-SP orienta os clientes impactados a observarem o desconto proporcional ao período sem energia em suas contas e a registrarem reclamação caso haja dúvidas ou necessidade de acompanhamento.

*Com informações da Agência Brasil.


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