CPI da Braskem é instaurada no Senado para investigar danos ambientais em Maceió

Senador Omar Aziz (PSD-AM) é eleito presidente da CPI que irá apurar os estragos causados pela Braskem na capital alagoana.
Senador Omar Aziz (PSD-AM) é eleito presidente da CPI que irá apurar os estragos causados pela Braskem na capital alagoana.

Na última quarta-feira (13/12/2023), o Senado Federal deu início à comissão parlamentar de inquérito (CPI) destinada a investigar os danos ambientais provocados pela empresa petroquímica Braskem em Maceió (AL). A cidade enfrenta sérios problemas estruturais em diversos bairros, resultantes da exploração do mineral sal-gema nos arredores da Lagoa Mundaú desde os anos 1970. Com crateras, afundamento do solo e condenação de mais de 14 mil imóveis, a situação levou à remoção de aproximadamente 55 mil pessoas.

Por unanimidade, os membros da CPI elegeram o senador Omar Aziz (PSD-AM) como presidente e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) como vice-presidente, durante a reunião conduzida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). A comissão, composta por 11 titulares, terá um prazo de 120 dias para concluir as investigações, contando com um orçamento de R$ 120 mil reais.

O senador Otto Alencar, responsável pela condução da reunião, informou que os trabalhos efetivos da CPI começarão apenas em fevereiro de 2024. A escolha de Omar Aziz e Jorge Kajuru como presidente e vice, respectivamente, foi decidida em reunião prévia com os líderes parlamentares.

No entanto, a decisão sobre o relator da CPI gerou divergências entre os parlamentares. Enquanto o senador Eduardo Gomes (PL-TO) defendeu a necessidade de um relator autônomo e independente da presidência, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) enfatizou que um nome de fora do estado dará mais credibilidade às investigações. Apesar das discussões, os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros (MDB-AL) rejeitaram a sugestão de limitar a escolha do relator.

Os estragos em Maceió, que iniciaram em 2018 e levaram ao encerramento das atividades de extração em 2019, são atribuídos à Braskem pelo Ministério Público Federal (MPF). Estudos do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) concluíram que a empresa foi responsável pelos danos. O MPF já atua em quatro processos judiciais relacionados ao caso e expediu dezenas de procedimentos extrajudiciais para garantir a proteção dos cidadãos afetados.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.