Na tarde deste domingo (24/12/2023), a Polícia Federal, em colaboração com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, efetuou a prisão de Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, considerado o miliciano mais procurado do estado. Líder da maior milícia atuante na Zona Oeste, Zinho estava foragido desde 2018. A captura ocorreu após negociações entre os patronos do miliciano, a PF e a Secretaria de Segurança Pública, culminando na entrega do criminoso à Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas (GISE) na Superintendência Regional da PF, na capital fluminense.
Zinho, com pelo menos 12 mandados de prisão em seu nome, é apontado como líder do maior grupo paramilitar da Zona Oeste. Entre as acusações, destacam-se o uso de carros clonados para localizar e executar rivais, o mandante do assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho e o comando de um esquema milionário de lavagem de dinheiro.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, expressou satisfação com a prisão, parabenizando a PF pelo trabalho.
Perfil de Zinho
Luís Antônio da Silva Braga era o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro, liderando uma milícia que atua como “fiscal de um Estado paralelo”. Além de homicídios e lavagem de dinheiro, Zinho é acusado de embargar obras, determinar o pagamento de propinas a policiais e disputar território. Sua última prisão preventiva foi decretada em setembro de 2023.
Após se entregar à PF, Zinho deve fazer delação premiada
Após entregar-se na Superintendência da Polícia Federal, Zinho deve realizar uma delação premiada, apontam fontes. No acordo, o miliciano deve fornecer informações sobre empresários, políticos e policiais envolvidos com a milícia. Líder da maior milícia do estado, Zinho está preso em segurança máxima. Sua defesa entrou em contato com a Secretaria Estadual de Segurança Pública há uma semana para negociar a rendição.
Parte da operação que desmantelou a organização de Zinho levou ao afastamento de Lúcia Helena Pinto de Barros (PSD), Lucinha, de seu cargo como deputada estadual. Ela é apontada como braço político de Zinho, utilizando sua influência para alertá-lo de operações.
Policiais afirmam que os motivos da entrega incluem o cansaço da fuga constante e questões familiares. O governo do estado tem 30 dias para solicitar a transferência de Zinho para outra unidade de segurança máxima, ou ele será transferido para a Penitenciária Bandeira Stampa, exclusiva para milicianos.
*Com informações da Sputnik News.
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