Grupo ‘Samba pra Rua’ transforma Salvador com música, feijoada e resistência

O Samba pra Rua transforma Salvador com música, feijoada e resistência, destacando a riqueza cultural do samba baiano.
O Samba pra Rua transforma Salvador com música, feijoada e resistência, destacando a riqueza cultural do samba baiano.

No calor da Bahia, onde o samba carioca encontra a força do Recôncavo, nasceu o Samba pra Rua, um projeto que vai além da música e da dança. Idealizado por Ana Flauzina, o grupo se destaca ao resgatar a cultura das rodas de samba, ocupando espaços abandonados de Salvador. Mais do que uma celebração, o evento se tornou um ponto de resistência, transformando ruas em palcos de afirmação e alento à juventude negra.

Em meio às rodas de samba, a culinária também ganha destaque. Marina Bonfim, cozinheira de sorriso largo e fã do bloco Ilê Aiyê, prepara uma feijoada com toques baianos que ressoam em cada colherada. Além de satisfazer paladares, o feijão que não é consumido é distribuído aos menos favorecidos, reforçando a conexão do evento com a comunidade.

Ana Flauzina, compositora e voz do grupo, destaca a importância de dar visibilidade às compositoras negras e ressalta a temática mitológica afro-brasileira presente em suas canções. A proposta é transmitir o legado do samba, uma língua franca da população negra do Brasil, que serve como artefato cultural de resistência.

Além do repertório diversificado, o grupo Samba pra Rua busca lançar singles autorais, como “Lição do Mar,” previsto para 2 de fevereiro de 2024, Dia de Iemanjá, com participação de Renato da Rocinha. O evento, que já contou com a presença de Mestre Rufino, consolida-se no calendário cultural de Salvador, promovendo a inclusão de mulheres negras em diferentes papéis na produção artística.

Ana Flauzina ressalta a necessidade de dar projeção ao samba produzido na Bahia, desafiando as dinâmicas da cidade que impõem toques de recolher e dificultam o acesso ao entretenimento. O Samba pra Rua não apenas agrega valor à economia criativa local, mas também promove a inclusão de mulheres negras em diversos setores, destacando a importância do evento para a cultura e economia da região.


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