Presidente eleito da Guatemala toma posse após horas tensas devido a impasse do Congresso

Após horas de incerteza devido a impasse no Congresso, Bernardo Arévalo assume a presidência da Guatemala.
Após horas de incerteza devido a impasse no Congresso, Bernardo Arévalo assume a presidência da Guatemala.

Nesta segunda-feira (15/01/2024), Bernardo Arévalo foi empossado como presidente da Guatemala em uma cerimônia realizada no Teatro Nacional da capital do país. Entretanto, a transição de poder foi marcada por tensões e atrasos, refletindo um impasse no Congresso guatemalteco, controlado por aliados do então presidente em exercício, Alejandro Giammattei.

A Constituição guatemalteca estipula que a posse do novo presidente deve ocorrer até as 16 horas locais (19h00 de Brasília). No entanto, às 15h, horário local do domingo, a primeira sessão ainda não havia iniciado, levantando preocupações de que oponentes de Arévalo estivessem tentando sabotar a transição de poder.

O anúncio de um possível adiamento da sessão provocou reações imediatas, com milhares de pessoas marchando em direção ao parlamento para exigir a posse de Arévalo. Essas manifestações resultaram em confrontos entre civis e militares.

Diante desse cenário tenso, líderes internacionais, incluindo o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, o vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin, o alto representante da União Europeia, Josep Borrell, e o secretário-geral ibero-americano, Andrés Allamand, uniram-se num apelo ao Congresso guatemalteco para que cumprisse seu mandato constitucional de transferir o poder a Bernardo Arévalo.

Somente por volta das 22h00 (1h00 de Brasília), o novo Congresso restabeleceu a bancada parlamentar de Arévalo, após reverter a decisão anterior que havia excluído os deputados independentes de participarem da mesa diretora e de comissões.

Arévalo, que venceu a governista Sandra Torres com 58,29% dos votos no pleito presidencial de 2023, enfrentou desafios legais após a apreensão de urnas e atas eleitorais pelo Ministério Público na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro do ano passado. A suspensão temporária do estatuto jurídico do partido de Arévalo, Semilla, também gerou protestos populares, acusando o órgão de ameaçar a democracia. Após semanas de manifestações, o TSE oficializou o resultado eleitoral e agendou a posse de Arévalo para este domingo.


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