A busca por uma verdadeira paridade de gênero na esfera política brasileira permanece um desafio significativo, como ressalta um artigo elaborado por especialistas do Banco Mundial. Paula Tavares, especialista sênior em Direito e Gênero, e Gustavo Borges, professor de Direitos Humanos e Novas Tecnologias na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), alertam para a persistência desse cenário desigual.
Segundo dados do Mapa de Mulheres na Política da IPU-ONU, a média global de representação feminina nos parlamentos é de apenas 26,5%. Em 2023, apenas 27% das nações tinham uma líder feminina, apesar de as mulheres representarem quase metade da população global. No contexto brasileiro, a representação feminina no Congresso Nacional é de apenas 18%, com números ainda mais baixos em âmbito municipal, especialmente entre mulheres negras.
Os especialistas enfatizam que tais estatísticas não apenas ficam abaixo da média mundial, mas também estão significativamente aquém da representação demográfica equitativa. Isso destaca a urgência de esforços contínuos para promover a igualdade de gênero na política, alinhando-se com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 das Nações Unidas.
Gustavo Borges, ao abordar a interação entre atos violentos e a política de gênero, destaca que a desigualdade é alimentada pela violência política de gênero. Entre 2020 e 2022, as mulheres representaram 36% das vítimas de violência política no Brasil. A violência, especialmente no ambiente online, torna-se uma tática emergente para desencorajar a participação política das mulheres, amplificando os riscos e ameaças no cenário digital.
*Com informações da ONU News.
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