A transferência de Neymar do Barcelona para o Paris-Saint Germain (PSG) em 2017 continua a ser alvo de investigações na França. A Polícia Judiciária francesa realizou buscas no Ministério da Economia e Finanças para apurar suspeitas de que o PSG teria recebido benefícios fiscais do governo, reduzindo a tributação sobre os € 222 milhões pagos pela transferência. O nome do ministro do Interior, Gérald Darmanin, surge no contexto das suspeitas.
Revelações indicam que a ação faz parte de uma investigação mais ampla iniciada em setembro de 2022, abordando atividades de lobby realizadas por Jean-Martial Ribes, ex-diretor de comunicação do PSG. Ribes, já indiciado por corrupção e tráfico de influência, teria pressionado o governo francês para obter favores fiscais relacionados à transferência de Neymar, na época a mais cara da história do futebol. A legislação francesa levanta a possibilidade de que o valor pago pelo PSG seja considerado um adiantamento salarial, implicando obrigações fiscais.
A investigação envolve o deputado Hugues Renson, do partido do presidente Emmanuel Macron, suspeito de buscar vantagens fiscais para o PSG. Trocas de mensagens sugerem uma possível tentativa de influenciar o governo em favor do clube. Gérald Darmanin, na época responsável pelas Contas Públicas, foi mencionado nas mensagens e agora está implicado na investigação.
O relatório da Inspetoria Nacional de Polícia revela décadas de mensagens trocadas entre Ribes, Renson e outras personalidades, questionando a possível existência de tráfico de influência. O ministro Darmanin, exaltando os impostos que Neymar poderia pagar na França, se comprometeu a analisar a operação financeira da transferência. As buscas judiciais recentes têm implicações significativas, e o atual ministro do Interior ainda não comentou publicamente.
*Com informações da RFI.
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