O cenário internacional vem testemunhando uma crescente importância do poder naval, evidenciada por conflitos no mar Negro, no mar Vermelho e nas águas do Sul da China. Analistas militares alertam que o Brasil deve se preparar para enfrentar os desafios marítimos do futuro, incorporando novas tecnologias e ampliando sua capacidade naval, em meio à centralidade desses conflitos nos cálculos estratégicos globais.
O recente anúncio do grupo iemenita houthi sobre o ataque a um navio mercante britânico no mar Vermelho reforça a relevância dos conflitos navais, enquanto a revista The Economist argumenta em favor do aumento da importância do poder naval no século XXI. A preponderância do transporte marítimo no comércio internacional e a transferência de dados por cabos submarinos contribuem para a proeminência geopolítica dos mares, conforme destaca o editorial.
O professor Wellington Dantas de Amorim, da Escola Superior de Defesa em Brasília, sublinha que além da logística, a crescente territorialização do mar também impulsiona a importância geopolítica do poder naval. O combate pelo mar, incluído no Plano Estratégico da Marinha Brasileira para 2040, reflete a ampliação da soberania dos estados sobre os mares, seguindo convenções da ONU que estendem as fronteiras marítimas.
A ascensão da China como potência naval destaca-se na pauta geopolítica, com Pequim ultrapassando os EUA em tonelagem de navios de guerra, embora a eficiência e projeção de poder ainda sejam temas de análise. Analistas como Leonardo da Costa Ferreira, da Escola Naval, acreditam que os EUA manterão superioridade naval sobre a China por pelo menos uma década, destacando sua experiência em combate e treinamento profissional.
A revolução tecnológica, marcada por drones e novas tecnologias navais, torna-se central nas estratégias militares. O uso eficaz de drones em conflitos recentes, como na guerra entre Rússia e Ucrânia, destaca a necessidade de atualização das estratégias navais, explorando o potencial dos navios drônicos no futuro.
No contexto brasileiro, a necessidade de proteger a Amazônia Azul, que corresponde a 60% do território brasileiro, exige investimentos tecnológicos e modernização da frota naval. Apesar dos avanços, como os submarinos da classe Riachuelo e as novas fragatas da classe Tamandaré, analistas apontam a necessidade de um esforço contínuo para garantir a soberania na região do Atlântico Sul.
*Com informações da Sputnik News.
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