A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (16/03/2024) o início da fase de avaliação para recomprar uma participação na Refinaria de Mataripe, localizada na Bahia e atualmente pertencente ao Mubadala Capital, veículo de investimentos do fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos. A operação, que marca uma possível reversão na estratégia de desinvestimentos da estatal, envolverá também a compra de uma parcela na biorrefinaria Macaúba, em desenvolvimento pelos árabes.
Essa etapa, conhecida como due diligence, permitirá à Petrobras acesso aos dados financeiros e técnicos da refinaria. Além disso, está prevista a compra de uma participação na Macaúba, projeto que visa produzir diesel a partir do fruto da palmeira macaúba, nativa do Brasil. A Petrobras destacou que serão discutidos modelos de negócios adequados para ambas as companhias, bem como investimentos futuros e o desenvolvimento de novas tecnologias em conjunto com o Mubadala Capital.
Fontes próximas à negociação indicam que a Petrobras deverá deter entre 70% e 80% das ações da Refinaria de Mataripe. O percentual final dependerá das conversas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão responsável pela regulação da concorrência no país e que precisa aprovar a operação. A refinaria foi vendida durante a gestão de Jair Bolsonaro como parte do programa de desinvestimentos, que foi abandonado com a mudança de governo.
A negociação também considera o valor dos investimentos realizados pelo Mubadala, estimados em US$ 500 milhões, além da compra de um parque solar para geração de energia sustentável na unidade. O preço final será determinado pelo estoque da refinaria no dia do fechamento da operação. Atualmente, a Refinaria de Mataripe possui capacidade para processar 333 mil barris por dia, além de terminais de armazenamento e oleodutos.
A refinaria, operada pela Acelen, empresa do Mubadala Capital, poderá ter parte de suas operações vendidas, desde que envolvam pagamentos em dinheiro pela Petrobras. Na operação da Macaúba, a Petrobras será minoritária, possuindo entre 20% e 30% das ações, com possibilidade de entrada da Adnoc, petrolífera dos Emirados Árabes Unidos, como sócia.
*Com informações do Jornal O Globo.
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