Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$ 1.848 em 2023, diz IBGE

O rendimento médio mensal domiciliar per capita do Brasil atingiu o valor recorde de R$ 1.848 em 2023, conforme revelado por uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19/04/2024). Esse valor representa um crescimento de 11,5% em relação a 2022, quando o rendimento era de R$ 1.658, e marca o maior valor já registrado no país. Os dados abrangem todas as fontes de renda, incluindo trabalho, aposentadoria, programas sociais, entre outros.

A pesquisa também apontou que, em 2023, o Brasil contava com 215,6 milhões de habitantes, sendo que 140 milhões deles possuíam algum tipo de rendimento. Isso representa 64,9% da população, a maior proporção registrada desde o início da pesquisa em 2012. Em contraste, em 2022, essa proporção era de 62,6%, enquanto no ápice da pandemia, em 2021, atingiu-se o nível mais baixo de 59,8%.

O rendimento médio mensal proveniente do trabalho foi estimado em R$ 2.979 em 2023, um aumento de 7,2% em relação ao ano anterior. Esse valor, embora significativo, não reflete necessariamente um dinamismo no mercado de trabalho, alerta o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto. Ele explica que durante a pandemia, os empregos informais, geralmente de menores remunerações, foram os mais afetados, o que impactou na média de rendimentos ao considerar apenas os trabalhos com maiores remunerações.

O rendimento de todas as fontes, incluindo trabalho e outras fontes como aposentadoria, pensão, aluguel, entre outros, aumentou 7,5% em relação a 2022, atingindo R$ 2.846. Enquanto isso, o rendimento médio proveniente de outras fontes, excluindo o trabalho, cresceu 6,1%, alcançando o recorde de R$ 1.837 na série histórica. A pesquisa também identificou que, dos 25,8% do rendimento total proveniente de outras fontes que não o trabalho, a aposentadoria e pensão representaram 17,5%, enquanto outros rendimentos, incluindo programas sociais, compuseram 5,2% do total.

*Com informações da Agência Brasil.