Enchentes no Rio Grande do Sul destacam urgência de financiamento climático

As recentes enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul trouxeram à tona a urgência do financiamento climático, especialmente para países menos desenvolvidos, que sofrem com a falta de estrutura para lidar com desastres naturais. A catástrofe expôs a fragilidade das políticas de adaptação climática no Brasil, ressaltando a importância de investimentos na prevenção e enfrentamento de eventos extremos.

Cidades inteiras foram devastadas pelas enchentes, exigindo uma reconstrução massiva de infraestruturas e serviços públicos. Enquanto os governos se concentram no resgate e apoio aos desabrigados, a sociedade civil clama por medidas mais robustas de adaptação e prevenção.

Segundo especialistas, o cálculo dos prejuízos dessa magnitude demandará tempo, mas estima-se que ultrapasse a casa dos bilhões de reais. No entanto, mais do que reparar os danos causados, é fundamental investir em medidas preventivas e de resiliência para evitar futuras tragédias.

A falta de planos atualizados de adaptação e o baixo investimento em prevenção são desafios enfrentados pelo Brasil. Apenas três estados possuem planos de adaptação, e os recursos disponibilizados para combate a desastres são subutilizados devido à falta de projetos adequados.

O Senado brasileiro, em resposta à tragédia no RS, acelerou a aprovação de um projeto de lei que estabelece diretrizes para planos de adaptação em diferentes esferas governamentais. Contudo, a discussão sobre quem deve arcar com os custos das mudanças climáticas permanece em pauta, destacando a necessidade de uma cooperação internacional mais efetiva nesse sentido.

*Com informações da RFI.