Ataques aéreos em Gaza deixam dezenas de mortos e feridos, afirma ONU

Organização Mundial da Saúde e parceiros atuam no atendimento aos feridos após bombardeios israelenses em área densamente povoada de Gaza, designada como zona humanitária.
Organização Mundial da Saúde e parceiros atuam no atendimento aos feridos após bombardeios israelenses em área densamente povoada de Gaza, designada como zona humanitária.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus parceiros estão prestando assistência médica após os ataques aéreos realizados neste sábado (13/07/2024) pelas forças israelenses na área de Al Mawasi, em Gaza. O Ministério da Saúde local informou que os bombardeios deixaram pelo menos 90 mortos e cerca de 300 feridos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se no final do sábado, por meio de seu porta-voz, expressando estar “chocado e triste com a perda de vidas”. As autoridades israelenses declararam que o ataque foi uma ação de “precisão” visando o comandante militar do Hamas. A ofensiva ocorreu próximo à cidade de Khan Younis, em uma área que os militares israelenses haviam designado como segura para civis.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, relatou que o ataque atingiu uma área densamente povoada, considerada uma zona humanitária e que abriga pessoas deslocadas. Em nota, Dujarric destacou que António Guterres condena a morte de civis, incluindo mulheres e crianças, e enfatiza a necessidade de um cessar-fogo humanitário imediato, além da libertação incondicional de todos os reféns.

Tedros Ghebreyesus, chefe da OMS, utilizou suas redes sociais para informar que 134 pessoas gravemente feridas foram admitidas no Complexo Médico Nasser, que está sobrecarregado pelo influxo de pacientes. A OMS enviou camas dobráveis, macas e medicamentos para aumentar a capacidade do hospital e atender às necessidades emergenciais.

Além do Complexo Médico Nasser, alguns feridos foram levados para um hospital de campanha administrado pelo International Medical Corps em Deir Al Balah, que recebeu suprimentos da OMS para atender aproximadamente 120 pessoas. Outros hospitais de campanha de ONGs também estão tratando pacientes que necessitam de cuidados urgentes.

Louise Wateridge, oficial sênior de comunicações da agência de refugiados da ONU para palestinos (Unrwa), divulgou um vídeo mostrando trabalhadores limpando poças de sangue no hospital Al Nasser. Ela descreveu a situação de crianças deitadas em colchões manchados de sangue, traumatizadas por terem perdido familiares, muitas delas com membros amputados e ferimentos graves.

Francesca Albanese, especialista independente da ONU que monitora os direitos humanos nos Territórios Palestinos Ocupados, declarou estar “horrorizada” com as mortes e ferimentos causados pelos ataques. Ela criticou a justificativa israelense de que os bombardeios tiveram como alvo um complexo operacional do Hamas, classificando a ação como “mais um massacre sem sentido” de civis.

*Com informações da ONU News.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.