OPAS aumenta risco de febre do Oropouche para alto nas Américas

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) eleva o risco de febre do Oropouche para alto, destacando novas preocupações com a doença e o registro de casos fora das regiões endêmicas.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) eleva o risco de febre do Oropouche para alto, destacando novas preocupações com a doença e o registro de casos fora das regiões endêmicas.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), filial da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, divulgou um alerta epidemiológico neste sábado (03/08/2024), elevando o risco de febre do Oropouche para alto. Esta decisão foi motivada por mudanças preocupantes nas características da doença, incluindo a ocorrência de casos fora das regiões tradicionalmente endêmicas.

A Opas destacou que o alerta foi baseado em recentes observações, incluindo duas mortes confirmadas no interior de São Paulo e a identificação de uma possível transmissão vertical do vírus, que ocorre da mãe para o bebê durante a gestação ou parto. A organização está investigando óbitos fetais e casos de recém-nascidos com anencefalia que podem estar associados à infecção pelo vírus da febre do Oropouche.

O comunicado da Opas também menciona que, apesar da maioria dos casos apresentarem sintomas leves a moderados que se resolvem em até sete dias, houve casos raros de complicações, como meningite séptica. O alerta destaca a necessidade de cautela, dado o atual nível de conhecimento sobre a doença e as investigações em curso.

Entre os fatores que levaram à elevação do nível de risco estão os novos casos registrados fora das regiões endêmicas, a transmissão vertical potencial e a expansão da febre para novas áreas. Entre 1º de janeiro e 30 de julho de 2024, foram reportados 8.078 casos confirmados da doença em cinco países das Américas, com o Brasil concentrando a maior parte dos casos.

No Brasil, pelo menos 10 estados fora da região amazônica confirmaram transmissão local da febre do Oropouche, alguns pela primeira vez. A Opas associou a expansão da doença a fatores como mudanças climáticas, desmatamento e urbanização descontrolada, que afetam o habitat dos vetores da febre.

*Com informações da Agência Brasil.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.