A Polícia Federal (PF) deu continuidade à Operação Trapiche, deflagrando nesta quinta-feira (08/08/2024) a segunda fase de uma investigação que apura o financiamento de atividades terroristas no Brasil. A operação, que ocorre nove meses após a prisão de dois suspeitos de organizar supostos atos terroristas no país, concentrou-se em mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em várias localidades.
Desde as primeiras horas do dia, agentes da PF cumpriram um mandado de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte, Uberlândia e Contagem, em Minas Gerais, além de ações em Brasília (DF) e São Paulo (SP). A operação também incluiu medidas judiciais que determinaram o sequestro de valores, o bloqueio de contas bancárias e a suspensão imediata das atividades de empresas investigadas.
De acordo com a nota oficial divulgada pela Polícia Federal, os investigadores reuniram provas substanciais contra o principal investigado, cuja identidade permanece sob sigilo. O suspeito é acusado de explorar a vulnerabilidade de imigrantes e refugiados, utilizando seus nomes para abrir contas bancárias e empresas, sem que essas pessoas tivessem conhecimento do envolvimento em atividades ilícitas. Conforme as investigações, essas contas e empresas foram utilizadas para movimentar recursos destinados ao financiamento de terrorismo.
As investigações revelaram que passagens aéreas, utilizadas por brasileiros recrutados para viajar ao exterior e se submeter a entrevistas para possível seleção por organizações terroristas, foram financiadas por meio de proventos oriundos do comércio ilícito de cigarros eletrônicos contrabandeados. Estes produtos eram vendidos em tabacarias no Brasil, e os lucros eram direcionados para sustentar as atividades terroristas.
A PF destacou que o financiamento ao terrorismo estava inserido em um esquema mais amplo de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Esse esquema bilionário foi descoberto a partir de uma operação anterior, deflagrada em setembro de 2022, que tinha como objetivo combater a lavagem de dinheiro e um sistema intrincado de remessas de recursos ilícitos ao exterior, utilizando criptoativos como ferramenta de transação.
Os envolvidos na operação poderão ser responsabilizados por uma série de crimes, incluindo contrabando, integração de organização terrorista, atos preparatórios para o terrorismo, financiamento ao terrorismo e lavagem de dinheiro. As penas máximas previstas para esses crimes, se somadas, podem alcançar 75 anos e 6 meses de reclusão.
*Com informações da Agência Brasil.
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