Neste domingo (08/09/2024), o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, confirmou o arquivamento da investigação contra Edmundo González, ex-candidato presidencial que obteve asilo político na Espanha. A decisão ocorre após González ter chegado a Madrid na manhã deste domingo, após uma viagem que incluiu escalas na República Dominicana e nos Açores, Portugal.
González, de 75 anos, havia se refugiado na Embaixada dos Países Baixos e, posteriormente, na Embaixada da Espanha em Caracas, onde solicitou asilo político. A investigação contra o opositor envolvia acusações de seis crimes, incluindo conspiração, e estava sendo conduzida pelo Tribunal Antiterrorismo. González sempre negou as acusações e não compareceu à Justiça venezuelana, o que resultou em uma ordem de prisão contra ele.
Em uma mensagem enviada após sua chegada à Espanha, González relatou que sua saída de Caracas foi marcada por episódios de pressão e ameaças. Ele também afirmou ser o verdadeiro vencedor da eleição presidencial de 28 de julho, embora o Conselho Nacional Eleitoral não tenha publicado as atas da votação.
A líder opositora Maria Corina Machado declarou nas redes sociais que a vida de González estava em perigo e que ele enfrentava ameaças e tentativas de chantagem. Machado afirmou que, apesar de estar fora do país, González continuará lutando pela causa opositora e prometeu que ele tomará posse como presidente da Venezuela em 10 de janeiro de 2025.
O procurador-geral Tarek William Saab ressaltou que a decisão de fornecer um salvo-conduto a González foi respaldada pelo Ministério Público e que sua saída representa uma “mudança” no processo judicial. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, o asilo foi solicitado pessoalmente por González e não houve negociação política entre os governos da Espanha e da Venezuela.
O alto representante da União Europeia, Josep Borrel, e a Secretaria Geral da Organização de Estados Americanos (OEA) expressaram preocupações sobre o impacto do exílio de González na democracia venezuelana. No país, as reações foram divididas, com alguns venezuelanos apoiando a decisão de González e outros criticando sua saída do país pouco tempo após a eleição.
*Com informações da RFI.
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