FUNCEB apresenta 67ª edição dos Salões de Artes Visuais da Bahia em Irecê

Funceb destaca diversidade artística e cultural em mostra no interior do estado.
Funceb destaca diversidade artística e cultural em mostra no interior do estado.

A 67ª edição dos Salões de Artes Visuais da Bahia, promovida pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), unidade vinculada à Secretaria de Cultura (SecultBA), traz para o público uma exposição que reúne obras de diferentes linguagens e expressões artísticas. A abertura ocorrerá em 20 de novembro de 2024, às 19 horas, no Memorial de Irecê, e a mostra estará disponível para visitação gratuita até 20 de dezembro de 2024.

Exposição reúne obras de artistas regionais e expande temas contemporâneos

A 67ª edição dos Salões de Artes Visuais da Bahia, organizada pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), chega a Irecê com uma exposição coletiva que visa promover e valorizar a diversidade cultural do estado. A mostra, que terá sua abertura no dia 20 de novembro, às 19h, no Memorial de Irecê, contará com obras de artistas locais e de municípios da região, como Palmeiras, Andaraí, Macajuba e Central. A entrada é gratuita e a exposição seguirá aberta até 20 de dezembro.

A exposição reúne produções de escultura, pintura, objeto, fotografia e videoarte, destacando a multiplicidade de técnicas e temáticas exploradas pelos artistas. Participam da mostra, entre outros, Aurora (Palmeiras), Alaido (Andaraí), AX Bastos (Irecê), Henrique Reis (Macajuba), Lenec Mota da Silva (Central), Lucas Nascimento (Central) e Mad (Palmeiras). Esta edição integra uma série de exposições previstas para os seis macroterritórios da Bahia ao longo do ano, permitindo que as produções artísticas regionais tenham visibilidade e possam alcançar um público mais amplo.

Artistas e obras em destaque

Entre os artistas apresentados, Alaido, de Andaraí, traz sua pintura acrílica sobre tronco de árvore, intitulada Feixe de lenha. A obra retrata uma mulher sertaneja carregando lenha, acompanhada de seu filho e de um cachorro, inspirando-se na resistência e nas vivências das mulheres do sertão nordestino. Para Alaido, o tronco simboliza a base e o apoio do ser feminino nas famílias locais.

A dupla Aurora, composta por Maria Gabriela Don e Clara Sofia Catania, apresenta a videoarte Água, que explora a relação humana com a água e sua importância vital. Por meio de imagens poéticas, a obra busca sensibilizar o público quanto à necessidade de preservação e cuidado com a água como recurso essencial para a vida.

AX Bastos, artista de Irecê, apresenta A mordaça e Pacto com Vênus, trabalhos que unem técnicas tradicionais e digitais, explorando a dissidência de corpos e questões de identidade no contexto sertanejo. Em A mordaça, Bastos investiga o contraste entre silenciamento e expressão, inspirado na obra de Clarice Lispector. Pacto com Vênus utiliza madeira descartada como plataforma para exaltar atributos como força e sabedoria das mulheres sertanejas.

Henrique Reis, de Macajuba, expõe Andamento do meu processo contra a Funceb, um objeto artístico que se coloca como crítica à burocracia nos editais culturais. O trabalho expressa a busca por justiça e reconhecimento frente às dificuldades encontradas por artistas que atuam em cenários culturais regionais.

Outro destaque é Lenec Mota da Silva, cujas fotografias em Saga do Vaqueiro capturam a tradição e o cotidiano dos vaqueiros do sertão. Com um olhar documental, Silva retrata a persistência e a adaptação desses trabalhadores diante das adversidades naturais, em um registro que reflete a herança cultural e a importância econômica desse ofício.

Lucas Nascimento apresenta a escultura Imagem & Semelhança, feita em colaboração com o serralheiro Matheus Freitas. A obra, uma escultura antropomórfica de barro, busca representar práticas afro-brasileiras e o processo de construção identitária, sendo moldada com elementos como ferro e barro, que remetem a tradições sagradas.

Por fim, Mad, residente no Vale do Capão, expõe Anéis de Luz, obra que propõe uma reflexão sobre a condição humana e o autoconhecimento. Na pintura, figuras sem rosto simbolizam a humanidade e sua essência compartilhada, reforçando um apelo introspectivo e universal.

Histórico e importância dos Salões de Artes Visuais da Bahia

Criados em 1992, os Salões de Artes Visuais da Bahia são um dos principais mecanismos de apoio e promoção à arte visual no estado. Sua proposta é incentivar a criação artística e dinamizar os espaços expositivos baianos. A cada ano, o evento percorre diferentes regiões do estado, ampliando o acesso do público às produções artísticas contemporâneas e favorecendo a interação entre artistas e espectadores. A programação inclui, além das exposições, encontros formativos e discussões sobre temas atuais nas artes visuais, oferecendo um espaço de troca e aprendizado.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.