A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) alertou nesta terça-feira (19/11/2024), sobre o aumento da tensão ao longo da Linha Azul, fronteira estabelecida entre o Líbano e Israel. A região tem registrado intensas trocas de tiros e incursões terrestres de forças israelenses, além de ataques aéreos e o lançamento de mísseis e drones por parte do Hezbollah.
Em Genebra, o porta-voz da Unifil, Andrea Tenenti, relatou que confrontos violentos ocorreram nas proximidades das operações de paz, afetando vilarejos e cidades no sul do Líbano. Segundo o Ministério da Saúde Pública do Líbano, os conflitos, que se intensificaram desde 8 de outubro de 2023, já resultaram em mais de 3.500 mortes e quase 15.000 feridos, além de deslocar internamente cerca de 900 mil pessoas. Aproximadamente 57% dos deslocados provêm de áreas sob a jurisdição da Unifil.
A missão de paz também enfrentou impactos diretos, com 162 danos registrados em suas instalações e equipamentos, mais de um terço deles nos últimos dois meses. Pelo menos 20 soldados da força de paz sofreram ferimentos leves nesse período.
A escalada de violência tem impactado de maneira significativa as crianças na região. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) reportou a morte de mais de 200 crianças nos últimos meses. O Unicef expressou preocupação com a aparente normalização das mortes infantis e solicitou à comunidade internacional medidas urgentes para proteger as crianças e interromper o ciclo de violência.
Em resposta ao agravamento da crise, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) incluiu 34 locais no Líbano na Lista Internacional de Propriedade Cultural sob Proteção Reforçada. Entre os sítios protegidos estão Balbeque e Tiro, ambos reconhecidos como Patrimônio Mundial. A medida visa garantir o mais alto nível de imunidade a esses locais, prevenindo sua utilização para fins militares e protegendo-os contra danos durante os confrontos.
A Unesco destacou que qualquer violação às cláusulas de proteção desses sítios será considerada uma grave infração à Convenção de Haia de 1954, podendo resultar em processos legais. A agência prevê a destinação de assistência técnica e financeira, além de treinamentos especializados, para gestores desses locais, como forma de prevenir danos futuros e fortalecer a preservação do patrimônio cultural do Líbano.
*Com informações da ONU News.
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