Em junho de 2020, o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei (PL) 2.630/2020, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que visa regulamentar o uso das redes sociais e combater a disseminação de desinformação, contas falsas e o uso de robôs. A proposta, que agora aguarda votação na Câmara dos Deputados, foi elaborada com o intuito de estabelecer normas para controlar abusos cometidos em plataformas digitais, especialmente em relação à propagação de notícias falsas, discursos de ódio e ataques à democracia.
A relevância da medida foi destacada recentemente pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que comentou sobre a tentativa de atentado contra o STF, reiterando a necessidade urgente de regulamentar as redes sociais. O ministro argumentou que a regulação dessas plataformas pode ser uma ferramenta fundamental para garantir a proteção da democracia e da segurança pública, prevenindo a propagação de conteúdos que incitem violência e desinformação.
O projeto também recebeu apoio de alguns senadores, como Humberto Costa (PT-PE), que ressaltou a relação entre os episódios de violência, como o atentado recente contra o STF, e o discurso de ódio disseminado nas redes sociais. Costa defendeu que a regulamentação se faz cada vez mais necessária para impedir que conteúdos nocivos sejam propagados, prejudicando a integridade das instituições democráticas.
Por outro lado, o senador Marcos Rogério (PL-RO) destacou a importância de promover uma pacificação no discurso político, afirmando que a responsabilidade pela retórica inflamada deve ser compartilhada entre as diversas partes envolvidas. Rogério, que se posicionou contra a ideia de um “gabinete de ódio” na oposição, afirmou que o debate sobre o projeto deve ser equilibrado, sem que se tome partido de forma unilateral.
O projeto, que ainda será analisado pela Câmara dos Deputados, prevê a criação de regras rigorosas para as plataformas digitais, incluindo a obrigação de identificação de contas falsas e a penalização de comportamentos que infrinjam a legislação. Caso aprovado, a regulamentação poderá representar um marco importante no controle de conteúdos prejudiciais nas redes sociais e na proteção da democracia brasileira.
*Com informações da Agência Senado.
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