Em uma tentativa de solucionar a crise de recrutamento enfrentada pelas Forças Armadas, o Ministério da Defesa do Reino Unido anunciou, nesta terça-feira (10/12/2024), que irá flexibilizar os critérios de aptidão para novos recrutas. De acordo com o jornal britânico The i Paper, a medida inclui a revisão de diversas restrições que, anteriormente, excluíam candidatos com condições de saúde como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), autismo, dependência de substâncias, dores crônicas nas costas, enxaqueca, acne, eczema e hipertensão. Sob as novas diretrizes, os candidatos serão considerados aptos até que se prove sua inaptidão.
A mudança ocorre em meio à escassez de pessoal nas Forças Armadas britânicas, um problema que tem afetado a capacidade de recrutamento do país. Tradicionalmente, centenas de candidatos eram rejeitados anualmente devido a condições de saúde consideradas incompatíveis com as exigências militares. Agora, o Ministério da Defesa alterou essas restrições, permitindo que jovens com diversas condições médicas, incluindo transtornos mentais, entrem para as Forças Armadas, se atendidos certos critérios de avaliação.
De acordo com o The i Paper, as novas regras permitirão que pessoas com transtornos como TDAH e autismo ingressem no Exército, além daqueles que sofrem de fadiga crônica. Outros candidatos que anteriormente seriam rejeitados, como aqueles com histórico de dependência de álcool ou drogas, também poderão ser aceitos, desde que demonstrem capacidade de serviço.
Essas mudanças se baseiam em uma avaliação revisada sobre a aptidão para o trabalho nas Forças Armadas, com o objetivo de atrair mais recrutas e mitigar o impacto da falta de pessoal nas forças de defesa do país. O Comitê de Defesa do governo britânico já havia alertado que o Exército não estava preparado para enfrentar uma guerra prolongada devido a problemas de recrutamento e retenção de efetivos.
O número de membros das Forças Armadas do Reino Unido tem diminuído ao longo das últimas décadas, com o Exército, a Marinha e a Força Aérea passando de 207.000 militares em 2000 para 131.000 em 2024. O Comitê de Defesa pediu ao governo que fizesse uma escolha difícil, entre investir plenamente nas Forças Armadas ou aceitar que as limitações de pessoal significariam menos disponibilidade para cumprir múltiplas tarefas de combate.
*Com informações da Sputnik News.
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