Governo da Bahia inaugura delegacia pioneira no combate ao racismo e à intolerância religiosa

A primeira Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa da Bahia foi inaugurada em Salvador, no bairro Engenho Velho de Brotas. A unidade atenderá casos de racismo, intolerância religiosa, LGBTfobia e outros crimes de ódio. A delegacia integra uma estrutura ampliada de serviços, fortalecendo políticas de defesa dos direitos humanos e cidadania no estado.
A delegacia atuará no combate ao racismo e à intolerância religiosa com atendimento 24 horas e serviços integrados.

A Bahia inaugurou, nesta terça-feira (21/01/2025), a primeira Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa (Decrin) no estado. Localizada no bairro Engenho Velho de Brotas, em Salvador, a delegacia funcionará no Centro Policial de Cidadania e Diversidade (CPCD), oferecendo estrutura integrada de serviços para atender denúncias de racismo, intolerância religiosa, LGBTfobia e violência contra pessoas idosas. O governador Jerônimo Rodrigues destacou que a unidade representa um marco nas políticas públicas de enfrentamento ao racismo e à intolerância.

“Agora temos mais um instrumento, inicialmente em Salvador, mas, nos próximos 10 anos, garantiremos que a intolerância religiosa seja erradicada do estado. Preparamos nossas forças com competência para atuar nesse serviço”, afirmou o governador durante a inauguração.

A delegacia funcionará 24 horas por dia, com serviços de investigação, apoio psicológico, assistência social, cartório e sala de reconhecimento. Além disso, contará com a atuação de núcleos especializados, como o Núcleo de Atendimento à Mulher (Neam) e o Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (Cyber). Um posto do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) será instalado no local para ampliar a oferta de serviços à população.

A delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, reforçou a importância da integração de serviços para proteger grupos vulnerabilizados. Segundo ela, a iniciativa consolida o compromisso do estado com a garantia de direitos e o respeito à diversidade.

Lideranças religiosas também destacaram a relevância da delegacia. Antônio Passos, diretor da Associação Mesa de Ogãs de Camaçari, considerou a unidade um avanço político e social.

“Já sofremos muito, muitos terreiros foram atacados. Vejo a delegacia como um novo momento para a Bahia e uma referência para outros estados”, afirmou.

Dados da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) indicam que, em 2024, foram registrados 500 casos de racismo e 350 de intolerância religiosa na Bahia, representando aumentos de 11% e 9%, respectivamente. A secretária Ângela Guimarães destacou que a delegacia trabalhará em conjunto com uma rede de assistência estadual que já atua há mais de uma década no combate a essas violações.

“É um instrumento que fortalece o Estado laico e a dignidade de todos, independente de cor ou crença”, concluiu.


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