José Ângelo Pinto: Meio século de fotografia e preservação da história

José Ângelo Pinto, fotógrafo feirense com mais de 50 anos de carreira, dedicou sua vida ao registro da natureza e da história por meio da fotografia. A paixão pela arte nasceu na infância e se consolidou com o apoio da família e o desenvolvimento de uma sólida formação teórica e prática. Reconhecido internacionalmente, ele se destaca tanto pela documentação de paisagens naturais quanto pela restauração de imagens históricas. A fotografia é, para ele, uma ferramenta essencial de preservação da memória.
O fotógrafo José Ângelo Pinto, com mais de 50 anos de experiência, preserva a memória e a natureza por meio da fotografia.

José Ângelo Pinto, natural de Feira de Santana, iniciou sua jornada fotográfica na infância, influenciado por seu pai, José Ferreira Pinto, que sempre portava uma câmera fotográfica. Através de viagens familiares, o jovem Ângelo foi acompanhado pelo olhar atento de seu pai, registrando momentos marcantes de sua vida e da natureza ao seu redor. Aos 13 anos, o jovem iniciou seus primeiros passos na fotografia, e com o apoio do fotógrafo Elísio Azevedo, amigo da família, construiu uma sólida base teórica para sua formação.

Aos 15 anos, Ângelo transformou sua avó e irmã em modelos para suas primeiras fotografias, marcando o início de sua paixão pela arte. Aos 17 anos, ganhou sua primeira câmera fotográfica submarina, presente que o impulsionou a explorar a fotografia subaquática, registrando imagens do fundo do mar durante seu curso de Ciências na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Apesar de uma pausa em sua carreira fotográfica devido às responsabilidades profissionais e educacionais, Ângelo retornou com vigor ao cenário fotográfico em 1998, quando adquiriu sua primeira câmera digital. Nesse momento, a fotografia documental se tornou um dos pilares de sua produção, juntamente com a restauração de imagens e o retratismo.

Ao longo de sua carreira, Ângelo Pinto teve a oportunidade de expor seu trabalho em importantes eventos internacionais, como em Paris, Salamanca e Genebra. Sua fotografia foi além das fronteiras, capturando registros da fauna e flora brasileiras, como a caatinga nordestina e os Lençóis Maranhenses, bem como o casario de Minas Gerais. Além disso, seu trabalho foi publicado em editoras de renome, com destaque para o álbum sobre o pintor feirense Raimundo Oliveira.

Além de sua atuação como fotógrafo, Ângelo se dedica à preservação ambiental, registrando espécies em extinção, como a ararinha azul. Ele também preserva a memória histórica de Feira de Santana, restaurando fotos antigas e ajudando famílias a reconectar-se com seus antepassados. Sua exposição permanente no Casarão Froes da Mota é um exemplo de seu compromisso com a preservação da história local.

Para Ângelo Pinto, a fotografia é uma ferramenta essencial de preservação, não apenas da natureza, mas também da história. A prática, que começou como um sonho de criança, hoje é reconhecida mundialmente, consolidando-o como um dos mais importantes fotógrafos da sua geração.


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