O setor mineral brasileiro alcançou um faturamento de R$ 270,8 bilhões em 2024, marcando um crescimento de 9,1% em relação ao ano anterior. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as maiores mineradoras do país, apresentou os dados consolidados em evento realizado em 5 de fevereiro de 2025. Entre os principais responsáveis pelo aumento estão o minério de ferro, o cobre e o ouro, que, apesar de diferentes influências econômicas, contribuíram para o resultado positivo. A valorização do dólar e o aumento na produção de minério de ferro foram apontados como fatores determinantes para o crescimento do setor, que também registrou alta na arrecadação de royalties e aumento nas estimativas de investimentos para os próximos anos.
O diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, destacou que a alta do faturamento foi impulsionada principalmente pela valorização do dólar, que resultou em um aumento nas exportações, principalmente de minério de ferro. Embora o preço internacional do minério tenha caído 9%, o aumento na produção e a valorização da moeda contribuíram para a elevação do faturamento. O minério de ferro representou 59,4% do total arrecadado pelo setor, com destaque também para o crescimento no faturamento de cobre (25,2%) e ouro (13,3%), cujos aumentos foram impulsionados pela alta nos preços internacionais.
Além disso, o Ibram informou que os dois estados com maior participação no setor mineral, Minas Gerais e Pará, responderam por 76% do total faturado em 2024, com os mineradores mineiros contribuindo com R$ 108,3 bilhões e os paraenses com R$ 97,6 bilhões. Em termos de exportações, o Brasil manteve uma balança comercial positiva, com um superávit de R$ 34,95 bilhões, representando 47% da balança comercial do país. As exportações aumentaram 0,9%, enquanto as importações registraram uma queda significativa de 23,1%.
O Ibram também indicou um aumento de 8,6% na arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), com um total de R$ 7,4 bilhões arrecadados em 2024. Em relação aos investimentos, a estimativa para o período entre 2025 e 2029 subiu para R$ 68,4 bilhões, com foco em projetos de logística, ferro e ações socioambientais.
Raul Jungmann também se referiu à questão dos minerais críticos, essenciais para a transição energética, como cobre, silício, níquel e lítio, ressaltando que a demanda por esses minerais deve continuar a crescer, independentemente das mudanças políticas globais. Por fim, o Ibram reiterou sua oposição ao Imposto Seletivo, que incide sobre os bens minerais, e que, segundo Jungmann, pode prejudicar o setor, especialmente no que se refere às exportações. A entidade está empenhada em tentar reverter essa medida, inclusive através de um possível recurso judicial.
*Com informações da Agência Brasil.
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