A relação entre Donald Trump e Xi Jinping registrou novos desdobramentos na última semana, com aumento de tarifas sobre importações chinesas pelos Estados Unidos e contramedidas adotadas pela China. A estratégia comercial de Washington elevou as tarifas em 20 pontos percentuais, alcançando uma média de 33% sobre os produtos chineses, em contraste com os 3% registrados em 2017.
Medidas tarifárias e resposta chinesa
As novas tarifas têm o objetivo de reduzir a dependência dos Estados Unidos das importações da China e restringir práticas comerciais de Pequim. Em resposta, a China adotou uma abordagem de negociação em condições de igualdade, impondo tarifas sobre produtos agrícolas e madeira norte-americanos.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que seu país não aceitará coerção econômica e que responderá a qualquer tentativa de restrição de sua economia. A postura chinesa reflete a experiência adquirida na guerra comercial do primeiro mandato de Trump, com ênfase na cooperação estratégica e na defesa de seus interesses nacionais.
Impactos sobre o México e o setor marítimo
As medidas comerciais dos Estados Unidos também se estenderam a importações do México e do Canadá, com tarifas de 25%, sob a justificativa de combate ao tráfico de fentanil. Após uma conversa entre Trump e a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, a implementação das sobretaxas foi adiada para 2 de abril.
Além disso, o governo norte-americano pretende fortalecer a indústria naval e impor restrições a embarcações e guindastes chineses que operam em portos dos Estados Unidos. A medida faz parte de uma estratégia mais ampla para reduzir a influência da China no setor marítimo global.
Cenário futuro e canais de negociação
Mesmo com as tensões, Trump declarou que deseja manter o diálogo com Xi Jinping e ressaltou a importância do relacionamento entre os dois países. No entanto, as ações comerciais mais agressivas e as respostas estratégicas da China indicam um cenário de desafios na relação bilateral.
A busca por um equilíbrio econômico exige que ambos os líderes conciliem seus interesses nacionais com a estabilidade do comércio global. Nos Estados Unidos, a administração Trump avalia como alinhar medidas protecionistas com os impactos sobre indústrias e consumidores. Na China, Xi Jinping busca reforçar a soberania nacional e, ao mesmo tempo, demonstrar disposição para negociações comerciais.
Fóruns multilaterais podem servir como canais de negociação para evitar ações unilaterais que intensifiquem as disputas. O uso de instituições internacionais pode contribuir para um ambiente econômico mais previsível, reduzindo o risco de impactos prolongados sobre cadeias produtivas globais.
*Com informações da RFI.
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