Jair Bolsonaro reúne 12 mil na Avenida Paulista em ato político e cita slogan de Trump

Manifestação teve críticas ao STF, defesa de anistia a presos de 8 de janeiro e sinalizações para 2026.
Manifestação teve críticas ao STF, defesa de anistia a presos de 8 de janeiro e sinalizações para 2026.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu cerca de 12,4 mil pessoas na avenida Paulista, em São Paulo, em ato político realizado neste domingo (29/06/2025). A estimativa é do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP), que apontou o pico de público às 15h40, com margem de erro de 1,5 mil. O evento, intitulado “Justiça Já”, ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).

A manifestação foi organizada e financiada pelo pastor Silas Malafaia e contou com a presença de apoiadores que exibiram bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel, além de cartazes com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O evento teve como foco principal a defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e críticas ao Judiciário.

Comparado a manifestações anteriores, o ato registrou menor adesão. Em abril deste ano, a mesma plataforma da USP registrou aproximadamente 44,9 mil participantes. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) atribuiu a redução ao custo com deslocamentos. Já Malafaia minimizou o número de presentes, afirmando que o conteúdo do discurso era mais relevante que o volume do público.

Durante seu discurso, Bolsonaro projetou as eleições de 2026, afirmando que a conquista de maioria no Congresso Nacional é decisiva para o futuro político do país. “Se me derem 50% da Câmara e do Senado, eu mudo o destino do Brasil. E digo mais, nem preciso ser presidente”, declarou. Ele também utilizou o slogan do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: “Make Brazil Great Again” (“faça o Brasil grande de novo”).

O ex-presidente voltou a negar envolvimento em tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Nenhuma arma foi apreendida. Que tentativa armada é essa?”, afirmou. Bolsonaro é réu na Ação Penal 2668, em curso no STF, onde responde por organização criminosa e tentativa de subverter a ordem democrática.

A defesa da anistia a presos pelos atos de 8 de janeiro foi reiterada por Bolsonaro, que a classificou como caminho para a “pacificação”. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) alegou que seu pai sofre uma “perseguição” judicial e chamou os processos de “inquisição”.

Além de parlamentares federais e estaduais, o ato contou com a presença de quatro governadores aliados: Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC). Durante sua fala, Tarcísio criticou o Partido dos Trabalhadores (PT) e reforçou a intenção de derrotar o grupo político nas eleições do próximo ano.

O ato foi interpretado como uma plataforma informal da pré-campanha de Bolsonaro para 2026, ainda que o ex-presidente esteja atualmente inelegível por decisão da Justiça Eleitoral.

*Com informações da Sputnik News.


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