O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) realizou, no sábado (09/08/2025), a cerimônia de inauguração da Praça Maestro Letieres dos Santos Leite, em Salvador. O local, anteriormente chamado Praça do Pôr do Sol, recebeu o novo nome em tributo ao compositor, arranjador e educador musical, falecido em 2021, reconhecido por pesquisas e trabalhos de difusão da música afro-baiana.
A mudança foi oficializada por meio da Lei 14.691/2024, de autoria da deputada estadual Olívia Santana, sancionada pelo governador Jerônimo Rodrigues. O ato contou com apoio do Governo da Bahia, via Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) e Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), reunindo autoridades, familiares, músicos e admiradores.
Programação e apresentações
A programação incluiu o descerramento da placa com o novo nome e apresentações musicais. A Orkestra Rumpilezz, criada por Letieres, abriu a noite com repertório que mesclou composições autorais e releituras, destacando a fusão entre percussão afro-baiana e jazz contemporâneo. Em seguida, a banda Geleia Solar manteve a tradição da Jam no MAM, realizada há 26 anos, com improvisos sobre standards do jazz e ritmos afro-baianos. Os ingressos gratuitos, disponibilizados pela plataforma Ingresse, esgotaram-se em menos de 24 horas.
Presenças e discursos
Entre os presentes, estavam o secretário de Cultura, Bruno Monteiro; o diretor-geral do IPAC, Marcelo Lemos; a diretora do MAM, Marília Gil; e familiares do maestro, como sua mãe, Maria do Carmo Santos Leite, e a irmã, Líris Leitieres. Em discursos, as autoridades ressaltaram a relevância cultural do homenageado e o valor simbólico da nomeação do espaço.
Legado musical
Nascido em Salvador, Letieres Leite destacou-se nacional e internacionalmente pela pesquisa e sistematização de ritmos de matriz africana, resultando no método UPB (Universo Percussivo Baiano). Fundador da Orkestra Rumpilezz, projetou a música instrumental baiana no cenário mundial. Atuou também na formação de novos músicos, coordenando programas de qualificação e cursos na Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).
Faleceu em outubro de 2021, vítima da covid-19, deixando contribuições que continuam a influenciar músicos e pesquisadores. Amigos e colegas, como o clarinetista Ivan Sacerdote, ressaltaram a importância de seu trabalho para a projeção da música baiana e para a formação de artistas.
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