O documentário “A Jẹun Bó”, dirigido pela jornalista Camila Silva Wòkè Mí e protagonizado pelo babalorixá e antropólogo Rodney William, será exibido em Salvador nesta quarta-feira (20/08/2025), às 18h30, na Sala de Arte CineMAM (Museu de Arte Moderna da Bahia). A sessão é aberta ao público e gratuita.
O filme registra mais de dois anos de práticas culinárias e festividades do Candomblé, com foco no terreiro Ilê Obá Ketu Axé Omi Nlá, sob a condução de Pai Rodney William. O documentário apresenta desde a seleção dos ingredientes até o preparo das receitas sagradas, abordando o cotidiano das casas de Candomblé, as preferências culinárias de cada orixá, as festividades e as oferendas ritualísticas.
Segundo Camila Silva Wòkè Mí, o objetivo do projeto é documentar e valorizar a tradição culinária do Candomblé, oferecendo uma perspectiva tangível das práticas religiosas, desmistificando e contribuindo para combater o racismo religioso. A produção envolveu uma equipe majoritariamente negra, com Camila assumindo direção, produção executiva, direção de arte, fotografia e roteiro. A fotografia foi realizada em parceria com a produtora Dois Neguin, enquanto Swami Pimentel assinou montagem e finalização, Bruno Hatanaka direção de arte e design, e Gabriel Farias e Nando Omoronum a trilha sonora. A consultoria foi conduzida por Rodney William, com participação de Tatiana Paula, yawô responsável pelo preparo das refeições ritualísticas.
O projeto surgiu durante a pandemia, quando Camila, recém-iniciada no Candomblé, registrou banquetes e rituais do terreiro. O filme recebeu apoio da Lei Paulo Gustavo, da Prefeitura de Santos/SP. Após a exibição em Salvador, o público participará de roda de conversa com Pai Rodney William, Camila Silva e Tatiana Paula, aprofundando o debate sobre a importância cultural da culinária no Candomblé. Outras exibições estão previstas para Mairiporã/SP (25/08), Goiás (17/09) e Rio de Janeiro (22/09).
Sobre os protagonistas
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Rodney William Eugenio é babalorixá do Ilê Obá Ketu Axé Omi Nlá, antropólogo e doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP, com atuação em pesquisa sobre Candomblé, memória e apropriação cultural. Reconhecido em 2019 pelo MIPAD/ONU como uma das 100 pessoas negras mais influentes do mundo.
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Camila Silva Wòkè Mí é jornalista, cineasta e ativista, formada em Cinema pelo Instituto de Cinema de São Paulo, com atuação em ESG e diversidade. Dirige e produz filmes que abordam temáticas sociais e culturais.
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Tatiana Paula é yawô no Candomblé, artesã e responsável pelo preparo das refeições sagradas, atuando na preservação das tradições culinárias da casa de axé.
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