Catar realiza funerais de vítimas de ataque israelense em Doha com segurança reforçada

Seis mortos em ofensiva israelense contra líderes do Hamas são enterrados em cerimônia com presença do emir e medidas rígidas de segurança.
Seis mortos em ofensiva israelense contra líderes do Hamas são enterrados em cerimônia com presença do emir e medidas rígidas de segurança.

Na quinta-feira (11/09/2025), o Catar iniciou os funerais das seis vítimas mortas em um ataque israelense que atingiu líderes do Hamas em Doha. A cerimônia ocorreu na mesquita Sheikh Mohammed bin Abdul Wahab, com presença do emir Tamim bin Hamad Al Thani e sob forte esquema de segurança. O primeiro-ministro catariano, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, declarou que o premiê israelense Benjamin Netanyahu deve ser julgado pelo ataque.

Cerimônia fúnebre e segurança

O Ministério do Interior do Catar informou que a oração fúnebre incluiu Badr Saad Mohammed Al-Humaidi Al-Dosari, integrante das forças de segurança internas (Lekhwiya). Os caixões estavam cobertos com bandeiras do Catar e da Palestina, e o sepultamento ocorreu no cemitério de Mesaimeer. Diversos pontos de controle foram instalados nos arredores da mesquita para reforçar a segurança durante a cerimônia.

Detalhes do ataque

O ataque israelense, realizado na terça-feira (09/09/2025), atingiu um complexo residencial onde estariam líderes do Hamas. Entre os mortos estão o filho de Khalil al-Hayya, o chefe de gabinete de Hayya, três seguranças e um policial catariano. Segundo fontes do Hamas, seis líderes do movimento, incluindo Khalil al-Hayya, Khaled Mechaal e Zaher Jabarine, estavam no edifício no momento da ofensiva.

Reação do Catar e dos EUA

O primeiro-ministro catariano afirmou que Netanyahu deveria ser responsabilizado e criticou declarações do premiê israelense sobre expulsar ou levar à Justiça qualquer país que abrigue “terroristas”. O ataque também provocou reação do presidente dos EUA, Donald Trump, que declarou não estar satisfeito com o episódio.

Impacto internacional

Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, solicitada pelo Catar, foi adiada para quinta-feira (11). Jornal canadense destaca que aliados árabes dos EUA duvidam da confiabilidade norte-americana após o ataque, enfatizando que Washington não impediu a ofensiva israelense. Publicações citam precedentes, como a falta de reação dos EUA a ataques do Irã e dos houthis em 2019 e 2020, respectivamente.

Sistemas de defesa do Catar

Especialista em defesa antiaérea, Yuri Knutov, afirmou que os sistemas Patriot do Catar podem ter sido desativados remotamente pelos EUA antes do ataque israelense. Ele explicou que a infraestrutura dos sistemas permite bloqueio para evitar disparos acidentais e controlar o uso em situações estratégicas, comparando com a escolha da Turquia pelo sistema S-400 russo.

Panorama político e militar

O ataque israelense evidencia tensões regionais envolvendo Hamas, Catar, Israel e Estados Unidos. O governo catariano confirmou a ofensiva e destacou que líderes do Hamas sobreviveram. Analistas apontam que a ação pode afetar negociações de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, alterando o papel do Catar como mediador-chave na região.

*Com informações da RFI e Sputnik News.


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