São Paulo confirma cinco mortes por intoxicação por metanol e investiga origem das bebidas adulteradas

Casos registrados no estado já somam sete confirmações e 15 suspeitas; autoridades intensificam ações de fiscalização, apreensões e investigações sobre falsificação de bebidas alcoólicas.
Casos registrados no estado já somam sete confirmações e 15 suspeitas; autoridades intensificam ações de fiscalização, apreensões e investigações sobre falsificação de bebidas alcoólicas.

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou, nesta terça-feira (30/09/2025), cinco mortes relacionadas à intoxicação por metanol. Até o momento, foram sete casos confirmados e 15 em investigação. Uma das mortes ocorreu por ingestão de bebida alcoólica adulterada, enquanto as demais seguem em apuração para definir a causa exata.

Investigação sobre bebidas adulteradas

As ocorrências levantaram dúvidas sobre a origem das intoxicações, que podem estar ligadas tanto ao consumo social de bebidas alcoólicas adulteradas quanto à ingestão de álcool em postos de combustíveis por pessoas em situação de vulnerabilidade.

Apreensões e fiscalização em São Paulo

Durante operações realizadas na capital paulista, a Polícia Civil apreendeu 112 garrafas de vodca com suspeita de falsificação, sendo 17 no bairro da Mooca. Em paralelo, mais de 800 garrafas de diferentes bebidas alcoólicas foram recolhidas em ações de fiscalização na capital e no interior.

Operações policiais e prisões

Na cidade de Americana (SP), a Polícia Civil fechou uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas e prendeu duas pessoas. No local foram encontrados 17,7 mil itens utilizados na adulteração, incluindo recipientes, rótulos e garrafas. Entre os produtos fabricados, estavam uísque, gim e vodca, mas não foi identificado metanol.

Expansão das investigações

Além de Americana, operações em Mogi das Cruzes (SP) resultaram na apreensão de 80 garrafas adulteradas em uma adega, cujos proprietários também são investigados. As ações integram esforço conjunto para rastrear a origem das distribuidoras, identificar fluxos de pagamento e interromper a cadeia de falsificação.

Atuação da Polícia Federal

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, informou que foi instaurado inquérito policial para apurar a relação das intoxicações por metanol com o crime organizado.

Possível ligação interestadual

Segundo Rodrigues, há indícios de distribuição interestadual de bebidas adulteradas, com conexões envolvendo operações no Paraná e importação de metanol pelo Porto de Paranaguá (PR). A investigação é conduzida de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo.

Sintomas da intoxicação por metanol

A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica grave. Os sintomas iniciais podem surgir até seis horas após a ingestão, incluindo: dor abdominal intensa, sonolência, falta de coordenação, tontura, náuseas, vômitos, dor de cabeça e confusão mental.

Sinais de agravamento

Entre 6 e 24 horas após a ingestão, podem ocorrer visão turva, fotofobia, perda da visão das cores, convulsões e coma. Nos casos mais graves, há risco de cegueira irreversível, insuficiência renal e morte.

Orientações do Ministério da Saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que os primeiros sintomas são geralmente dores em cólica e alterações visuais. Ele alertou que os sinais podem demorar até 24 horas para se manifestar, reforçando a importância da hidratação imediata e busca por atendimento especializado.

Atendimento e canais de emergência

Casos suspeitos devem ser imediatamente encaminhados para serviços de saúde. A população pode acionar:

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001

  • Centro de Controle de Intoxicações de SP (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733

  • CIATox local para orientação especializada

*Com informações da Agência Brasil.


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