O Papa Leão XIV fez um apelo direto aos líderes mundiais neste domingo (12/10/2025), durante a oração do Terço pela Paz na Praça São Pedro, no Vaticano. Diante de milhares de fiéis, o pontífice pediu que os governantes tenham “a audácia de se desarmar” e afirmou que a paz é resultado de diálogo, justiça e perdão, e não de vitórias militares ou imposições políticas.
Vigília e mensagem central
Oração pela paz e presença de fiéis
A cerimônia reuniu milhares de participantes do Jubileu da Espiritualidade Mariana. Antes do início da celebração, o Papa percorreu a Praça São Pedro em papamóvel e rezou diante da imagem original de Nossa Senhora de Fátima, trazida excepcionalmente de Portugal. Em sua homilia, destacou que a humanidade precisa “confiar à intercessão de Maria o anseio universal por paz”.
“A paz é desarmada e desarmante”
Inspirado nas palavras de Maria nas bodas de Caná, o Papa afirmou que “a paz é desarmada e desarmante”, enfatizando que não se constrói pela dissuasão, mas pela fraternidade. Ele recordou o ensinamento de Jesus a Pedro — “Mete a espada na bainha” — e direcionou a mensagem aos poderosos do mundo, pedindo que abandonem políticas baseadas em força militar e adotem a cooperação e o diálogo internacional como caminho para a reconciliação.
Chamado ao desarmamento e à mudança de perspectiva
“Tenham a audácia de se desarmar”
Durante o discurso, o Papa foi enfático ao afirmar que o primeiro desarmamento deve ocorrer no coração. Segundo ele, “não se pode matar por nenhuma ideia, fé ou política”. O pontífice ressaltou que o caminho da paz exige coragem, perdão e reconciliação, princípios que devem guiar tanto os governantes quanto os cidadãos.
Crítica ao poder e apelo à solidariedade
Leão XIV também lembrou as palavras de Jesus sobre o uso do poder, destacando que o verdadeiro domínio é o serviço. “Entre vocês não seja assim”, disse, referindo-se aos líderes que constroem impérios baseados em riqueza e influência. O Papa incentivou que o mundo adote um olhar voltado aos que sofrem, inspirado na postura da Virgem Maria no cântico do Magnificat, como exemplo de compromisso com a justiça e com os mais vulneráveis.
Reflexão sobre a Terra Santa
Apelo por reconciliação entre israelenses e palestinos
Ao final da celebração, o Papa fez referência ao conflito na Terra Santa, que se prolonga há dois anos. Ele encorajou as partes envolvidas a continuarem no caminho do diálogo e da paz, destacando a necessidade de uma solução justa, duradoura e respeitosa das aspirações dos povos israelense e palestino.
Condolências e mensagem de esperança
O pontífice lamentou as mortes e destruições resultantes dos confrontos, expressando solidariedade às famílias atingidas. Citando sua exortação apostólica Dilexi te (publicada em 09/10/2025), afirmou que “mesmo na escuridão mais profunda, Deus permanece conosco” e pediu que a humanidade redescubra no outro “um irmão a quem olhar, perdoar e oferecer reconciliação”.
*Com informações da Vatican News.
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