COP30: Agência Francesa de Desenvolvimento anuncia aporte de 300 milhões de euros para o Banco do Nordeste

Recursos fortalecerão projetos sustentáveis e ampliarão investimentos em energia renovável, saneamento e infraestrutura nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Recursos fortalecerão projetos sustentáveis e ampliarão investimentos em energia renovável, saneamento e infraestrutura nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) anunciaram, na quarta-feira (12/11/2025), durante a COP30, em Belém (PA), um novo programa de cooperação financeira destinado a estimular o desenvolvimento sustentável nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O acordo prevê um aporte total de 300 milhões de euros, com ênfase no fortalecimento dos fundos de desenvolvimento regionais.

Financiamento estratégico para sustentabilidade regional

Do montante total, 120 milhões de euros serão direcionados ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), gerido parcialmente pelo Banco do Nordeste (BNB). O objetivo é ampliar a capacidade de financiamento de projetos voltados para energia renovável, saneamento básico, infraestrutura urbana e agricultura resiliente, setores considerados prioritários na agenda climática nacional.

O diretor de Planejamento do Banco do Nordeste, Aldemir Freire, afirmou que a nova operação consolida uma parceria estratégica com a AFD, reforçando a expansão de investimentos sustentáveis.

Segundo ele, “a AFD já é parceira do Banco do Nordeste, com 150 milhões de euros captados e aplicados em projetos de impacto. Este novo aporte chega em um momento em que o Nordeste se consolida como polo central da matriz energética nacional”.

Convergência entre financiamento climático e inclusão social

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou que o acordo é um avanço relevante para financiamentos de baixo carbono e projetos resilientes. Em sua declaração, ressaltou que a COP30, realizada na Amazônia, representa “uma oportunidade única para garantir que o financiamento climático possa não apenas impulsionar o crescimento econômico, mas também reduzir desigualdades e promover inclusão nas populações locais”.

A iniciativa está alinhada à Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e à Declaração de Belém, firmada no contexto da COP30, que reforça o papel estratégico dos fundos de desenvolvimento regionais na transição justa e no enfrentamento das mudanças climáticas.

Cooperação internacional e transição energética

O aporte da Agência Francesa de Desenvolvimento complementa ações em andamento no Brasil voltadas à transição energética, neoindustrialização verde e bioeconomia regional. A parceria prevê o fortalecimento da cooperação técnica, além da troca de experiências em financiamento climático, governança ambiental e planejamento territorial sustentável.

O modelo de cooperação busca estimular investimentos públicos e privados nas regiões contempladas, promovendo uma distribuição territorial equilibrada dos recursos e contribuindo para a redução das disparidades regionais, em conformidade com as metas do Acordo de Paris e com a agenda de descarbonização da economia brasileira.


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