A polícia francesa prendeu, nesta terça-feira (25/11/2025), quatro novos suspeitos de envolvimento no roubo milionário de joias do Museu do Louvre, ocorrido em 19 de outubro. Os detidos — dois homens de 38 e 39 anos e duas mulheres de 31 e 40 anos — são residentes da região parisiense e permanecerão sob custódia enquanto investigadores tentam recuperar as oito peças do século XIX, consideradas tesouros nacionais e ainda desaparecidas.
A procuradora de Paris, Laure Beccuau, informou que a custódia pode ser prorrogada por até 96 horas, prazo durante o qual os suspeitos não terão acesso ao processo. Segundo ela, não serão divulgadas informações adicionais sobre a motivação das prisões até a conclusão da etapa de interrogatórios conduzida pelas equipes responsáveis.
As joias roubadas incluem o diadema da imperatriz Eugénie, ornado com cerca de dois mil diamantes, avaliado em € 88 milhões. Apesar dos recursos mobilizados pela Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB) e pelo Escritório Central de Luta contra o Tráfico de Bens Culturais (OCBC), nenhuma das peças foi localizada até o momento.
Operações anteriores e perfil dos envolvidos
A investigação já havia resultado na prisão de três suspeitos em operações distintas. Entre eles, homens de 35, 37 e 39 anos apontados como integrantes do grupo de quatro assaltantes que invadiram a Galeria de Apolo. Dois atuaram dentro do museu, enquanto outros dois aguardavam externamente para facilitar a fuga.
Uma mulher de 38 anos, companheira de um dos envolvidos, também havia sido detida sob suspeita de cumplicidade. Liberada sob controle judicial, ela permanece investigada. Vestígios de DNA foram encontrados em scooters utilizadas na fuga, em vitrines danificadas e em objetos abandonados, além da plataforma do elevador empregada durante o roubo.
Os perfis revelados pela investigação indicam que os suspeitos não pertencem ao alto escalão do crime organizado. Parte deles enfrenta instabilidade econômica, com histórico profissional irregular. Um dos envolvidos possui 11 condenações anteriores, principalmente por furtos. Todos são investigados por roubo em quadrilha organizada e associação criminosa.
Controvérsia sobre segurança e reformas no museu
O caso reacendeu o debate sobre o sistema de segurança do Louvre. O Tribunal de Contas criticou o museu por priorizar ações de forte apelo público em detrimento de investimentos em proteção do acervo. A diretora, Laurence des Cars, reconheceu falhas e anunciou a instalação de um posto avançado móvel da polícia nacional durante períodos de grande fluxo de visitantes.
Após o roubo, ela solicitou a criação de uma delegacia dentro do museu, pedido rejeitado pelo ministro do Interior, Laurent Nuñez. Em paralelo, o Louvre integra um amplo projeto de modernização anunciado pelo presidente Emmanuel Macron, que prevê novo acesso, sala exclusiva para a Mona Lisa e atualização das instalações.
As obras, inicialmente estimadas em € 800 milhões, tiveram custo mínimo revisado para € 1,15 bilhão, segundo relatório recente do Tribunal de Contas, que aponta aumento relacionado a infraestrutura e necessidade de modernização.
*Com informações da RFI.
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