Já que os jornais podem agora saber quais as matérias mais visitadas em seus sites na internet, várias publicações começaram a adaptar sua cobertura ao que os usuários estão lendo e comentando com mais frequência, afirma o New York Times.
O Wall Street Journal é um dos que usam informações sobre o tráfego na internet para saber o que mais interessa aos leitores. Reuniões de pauta diárias já discutem os temas mais populares nas buscas feitas no site do jornal, as matérias que geraram o maior número de visitas e de mensagens no Twitter.
Há alguns meses, o Yahoo lançou um blog de notícias com conteúdo criado a partir das buscas mais populares. Mas como explicou Raju Narisetti, do Washington Post, na matéria do New York Times, um assunto muito popular não é necessariamente notícia, ou vice-versa.
A crescente variedade de ferramentas digitais disponíveis para jornalistas está inclusive mudando a forma de trabalho nas redações. Uma novidade é escrever matérias que sejam mais atrativas para os mecanismos de busca – a chamada otimização de mecanismos de busca (SEO, na sigla em inglês).
Também existem programas de computador que permitem aos jornais saber, com exatidão, quanto dinheiro cada matéria está gerando, aponta o New York Times.
Para Stefanie Chernow, do blog World Editors Forum, há uma necessidade de recolocar o jornalismo do lado do público, e ter ferramentas online que gerem entusiasmo pelo conteúdo é um atributo positivo. Mas ainda não sabemos como as redações irão balancear um processo democrático de seleção de notícias e decisões baseadas em julgamentos editoriais”.
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*Com informação do Centro Knight
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