Convocação de Erenice Guerra será primeiro item da pauta da CCJ

Convocação de Erenice Guerra será primeiro item da pauta da CCJ.
Convocação de Erenice Guerra será primeiro item da pauta da CCJ.

A votação de requerimento de convocação da ministra Erenice Guerra, chefe da Casa Civil, será o primeiro item da pauta da próxima reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), prevista para a primeira semana de outubro. A ministra deverá ser chamada para esclarecer denúncias de que seu filho, Israel Guerra, teria sido pago para defender interesses de companhias privadas junto ao governo federal.

O requerimento de convocação da ministra foi protocolado na última segunda-feira (13/09/2010) na CCJ pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR). A inclusão do requerimento como primeiro item da pauta da comissão foi confirmada pelo presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), em entrevista à Agência Senado nesta quarta-feira.

Para Demóstenes, o ideal seria fazer uma reunião imediata para decidir sobre a convocação da ministra. No entanto, ele informou que, devido à falta de quorum em decorrência das campanhas eleitorais nos estados, essa votação somente será possível após as eleições ou mediante convocação do presidente do Senado – mas nem ele conseguiria reunir os senadores neste momento, ponderou Demóstenes.

O vice-líder do PT, senador Eduardo Suplicy (SP), afirmou à Agência Senado na manhã desta quarta que, antes da próxima reunião da CCJ, vai entrar em contato com a ministra da Casa Civil para questioná-la sobre a possibilidade de prestar os esclarecimentos ao Senado. Assinalou, no entanto, que vai solicitar a alteração do texto do requerimento, para que a palavra “convocação” seja substituída por “convite”.

– Acho que a vinda da ministra é de bom senso para os devidos esclarecimentos. A própria Erenice já se colocou à disposição do Conselho de Ética Pública e pediu a quebra de seus sigilos bancário e telefônico para esclarecimento do episódio – disse Suplicy.

Denúncia

A denúncia envolvendo Israel Guerra e integrantes do governo foi divulgada na edição de 15 de setembro da revista Veja. Segundo a revista, pela intermediação em operação da empresa MTA Linhas Aéreas com os Correios, Israel teria recebido R$ 5 milhões a título de “taxa de sucesso”.

A MTA teria feito o pagamento à Capital Assessoria e Consultoria, de propriedade de Saulo Guerra, outro filho da ministra Erenice Guerra, e de Sônia Castro, mãe de um então assessor jurídico da Casa Civil. Em entrevista, o representante da MTA, Fábio Baracat, teria afirmado que manteve, inclusive, encontro com a ministra no apartamento funcional de Erenice Guerra em Brasília.

Ao comentar as denúncias, Demóstenes opinou que a ministra deveria ser demitida ou, pelo menos, afastada do cargo até o final das investigações.

– Não sou Presidente da República e tão pouco conselheiro do presidente Lula, mas era o que eu faria – afirmou Demóstenes à Agência Senado.

O senador lamentou ainda que fatos como esses estejam acontecendo “de forma sistemática” no Brasil. Mesmo não descartando que as denúncias tenham “cunho político” ele considera a possibilidade de que se trate de “corrupção”.

Requerimento

No requerimento protocolado na CCJ, Alvaro Dias afirma que a reação da ministra diante das reportagens foi de apenas ofender a revista e os autores da matéria, em vez de prestar os esclarecimentos necessários sobre esta e outras denúncias.

– A convocação da ministra-chefe da Casa Civil é, pois, urgente e necessária, a fim de que ela preste, de maneira pública, democrática e transparente, as explicações devidas a esta Casa – assinalou Alvaro Dias, em seu requerimento.

*Com informação da  Agência Senado

 


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