Membros do governo acompanham obras do Projeto Nordeste da Bahia

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Seu Joaquim Neto, 58 anos, lembra da época em que para encher a cisterna de casa tinha que rezar para São Pedro. O agricultor, morador de Lagoa Preta, povoado de Paripiranga, perdeu as contas de quantas vezes teve que se deslocar a pé ou em cima de uma carroça em busca de água. E mesmo assim de água salobra. Os moradores do distrito vão contar, no próximo ano, com água encanada do aquífero de Tucano, que atravessa todo o nordeste da Bahia.

“Pra quem já tomou muito banho de cuia, é muito bom ter água de qualidade saindo da torneira, do chuveiro”, diz Joaquim. O mestre da obra, João Ferreira, vê no sorriso largo dos moradores o reconhecimento do trabalho. “Não existia um metro de tubulação. Vamos fazer umas 900 ligações domiciliares nesse povoado”.

Em visita ao canteiro de obras da Companhia de Engenharia Ambiental da Bahia (Cerb), nesta quarta-feira (22), em Cícero Dantas, a 330 quilômetros de Salvador, a secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, o secretário Desenvolvimento de Integração Regional, Edmon Lucas, e o presidente da Cerb, Bento Ribeiro, acompanharam o andamento da obra, que atenderá a aproximadamente 80 mil pessoas da zona rural de Paripiranga, Cícero Dantas, Fátima, Adustina e Heliópolis.

O projeto Nordeste da Bahia possui uma das maiores reservas de água subterrânea de qualidade, com 5,3 bilhões de metros cúbicos, e atenderá 22 localidades. Foram investidos recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do governo estadual. Cerca de 40% das obras tocadas pela Cerb já foram executadas.

A secretária Eva Chiavon afirmou que, além de atender de imediato o abastecimento de água na região, a valorização do potencial da única alternativa de manancial permitirá a atração da agroindústria. “É uma obra do presente e do futuro, que vai tornar esse território um grande produtor de alimentos e também criar oportunidades de desenvolvimento do semiárido”.

De acordo com a Cerb, estão envolvidas sete frentes de trabalho, permitindo a perfuração de quatro poços e a implantação de 138 quilômetros de adutoras. Os serviços foram iniciados na adutora principal, trecho que liga Fátima a Paripiranga, e nas redes de distribuição das localidades, totalizando 62 mil metros de rede e 600 ligações domiciliares.

Para o secretário Edmon Lucas, o projeto diminuirá sensivelmente as doenças de veiculação hídrica, além de evitar que famílias se desloquem vários quilômetros para abastecer suas casas e rebanho. “Vamos liberar cidadãos e prefeituras do trabalho de pagar e depender de carros-pipas”.


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