Governo Rousseff e as promessas para o setor de tecnologia

Dilma Vana Rousseff.
Dilma Vana Rousseff, presidente da República.
Dilma Vana Rousseff.
Dilma Vana Rousseff, presidente da República.

Dilma Roussef assumiu a presidência do Brasil no dia 1º de janeiro de 2011. Durante o discurso de posse, a presidenta não deixou de fora os assuntos relacionados à internet, software, energia e inovação científica.

Dilma demonstrou ter ciência de que o “mundo vive em um ritmo cada vez mais acelerado de revolução tecnológica”, que se “processa tanto na decifração de códigos desvendadores da vida quanto na explosão da comunicação e da informática”.

Mas quais são os planos do governo para os próximos quatro anos? O que os geeks e nerds brasileiros podem esperar da gestão de Dilma Roussef?

Banda larga e inclusão digital

Quem já é fã dos telecentros e do projeto Computador para todos, poderá se beneficiar com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que pretende ampliar o acesso à rede por meio de uma conexão banda larga.

O projeto visa reconhecer esse tipo de conexão como um serviço essencial, assim como a água, energia elétrica e saneamento básico, assim como aconteceu na Finlândia há pouco tempo. Dessa forma, caberá ao Estado acompanhar a prestação do serviço, impor metas de universalização, de continuidade e de preços e tarifas praticados pelo mercado.

Em um primeiro momento, o PNBL prevê a disponibilização de uma conexão de 256k. Parece uma largura de banda “estreita”. E, na verdade, é mesmo. O próprio governo assumiu a dificuldade em dizer que 256k é banda larga, mas de acordo com os idealizadores do projeto, este é apenas um ponto de partida.

O PNBL começou a ser desenvolvido durante a gestão do presidente Lula e foi divulgada até mesmo uma lista com as 100 primeiras cidades a serem atendidas pelo plano. Agora, resta esperar e ver como o plano será levado adiante pela nova presidenta.

Tecnologia a serviço da sociedade

Durante o discurso de posse, Dilma ressaltou a importância do uso da tecnologia em diversas áreas. Mas também dispensou atenção à educação, sem a qual a tecnologia seria pouco útil. De acordo com Roussef, “Somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento”.

Dilma também destacou o descobrimento do pré-sal como “resultado do avanço tecnológico brasileiro e de uma moderna política de investimentos em pesquisa e inovação”.

Além disso, a segurança é uma das áreas que serão auxiliadas pela tecnologia. Os planos do governo incluem “uma maior capacitação federal na área de inteligência e no controle das fronteiras, com uso de modernas tecnologias e treinamento profissional permanente”.

Além disso, Dilma também se referiu à tecnologia da informação como peça essencial para a modernização do sistema tributário brasileiro. Alegou ser “inadiável a implementação de um conjunto de medidas que modernize o sistema tributário” e afirmou que o “uso intensivo da tecnologia da informação deve estar a serviço de um sistema de progressiva eficiência e elevado respeito ao contribuinte”.

Tecnologia e meio ambiente

Um dos pontos abordados no discurso de posse é a preocupação em aliar o desenvolvimento tecnológico e industrial com a preservação do meio ambiente. Dilma pretende “mostrar ao mundo que é possível um país crescer aceleradamente, sem destruir o meio ambiente” e tornar o país em um campeão no uso de energias limpas.

Os planos envolvem incentivos para a produção de etanol e energia hídrica, assim como fontes alternativas como a biomassa, a energia eólica e a solar.

Mais pesquisas

Uma das propostas feitas por Dilma é a de aumentar o número de bolsas concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Esse aumento virá junto com a integração do Programa de Apoio à Capacitação Tecnológica da Indústria (PACTI) com o Plano de Desenvolvimento da Educação.

Além disso, outro compromisso da nova gestão é o de usar 1,8% do PIB para gastos com pesquisas e desenvolvimentos pelos próximos quatro anos, o que resultaria em um investimento de cerca de R$ 58 bilhões por ano.

Durante a posse, Dilma afirmou que “temos avançado na pesquisa e na tecnologia, mas precisamos avançar muito mais”, prometendo um apoio “forte” ao “desenvolvimento científico e tecnológico para o domínio do conhecimento e para a inovação como instrumento fundamental de produtividade e competitividade do nosso país”.


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