O que a Europa tem pela frente em 2016?

Centro comercial da cidade de Munique, Alemanha.
Centro comercial da cidade de Munique, Alemanha.
Centro comercial da cidade de Munique, Alemanha.
Centro comercial da cidade de Munique, Alemanha.

Como distribuir os recém-chegados entre os países-membros? Como integrá-los? Como isso tudo vai funcionar, diante dos problemas internos de uma União Europeia em que cada vez mais partidos populistas de direita ganham impulso – como na França, Polônia e Hungria?

São várias as perguntas que se impõem à UE em 2016, e que a Holanda e a Eslováquia – na presidência rotativa do Conselho Europeu no primeiro e segundo e segundo semestres, respectivamente – estarão encarregadas de ajudar a responder.

A situação econômica da Grécia também permanece entre os assuntos centrais. Os países da zona do euro encaminharam a Atenas o terceiro pacote de resgate – sob determinadas condições. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, já iniciou diversas reformas, e os credores estão cautelosamente otimistas.

De olho no Leste

Em setembro, os olhares se voltam para o Leste Europeu: é época de eleições parlamentares na Rússia. Vários grupos oposicionistas pretendem se unir contra o presidente Vladimir Putin, para conquistar postos na Duma. Entre eles está o Partido do Progresso, do blogueiro Alexei Navalny. A Ucrânia também observará o pleito com atenção, pois as crises em torno da anexação da Crimeia e, sobretudo, no leste do país estão longe de uma solução.

O tema Ucrânia igualmente ocupará a Otan em 2016. Em 8 e 9 de julho, ela se reúne em cúpula na capital polonesa, Varsóvia, com o fim expresso de coordenar os diferentes interesses dentro da Aliança Atlântica.

Os Estados-membros do Leste Europeu, entre eles a anfitriã Polônia, desejam uma política de dissuasão e defesa mais rigorosa em relação à Rússia. Os EUA estão interessados em preservar a unidade dentro da organização. Os Estados do sul, como a Turquia, querem evitar que o foco se desloque excessivamente em direção ao Leste. Isso é compreensível, considerando-se a situação geopolítica turca, como vizinha da Síria e do Iraque.

Cultura e religião

A Polônia tem destaque em 2016 entre os temas europeus “menos sérios”. A Capital Cultural Europeia será Wroclaw. Entre as numerosas inovações que a cidade à margem do Rio Oder tem para oferecer, está o recém-inaugurado Museu Nacional da Música.

Cerca de 200 quilômetros mais a sudeste, em Cracóvia, transcorre na última semana de julho a 31ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O tema do evento católico é “misericórdia”, em consonância com o Ano Santo proclamado pelo papa Francisco. Muitos poloneses antecipam com ansiedade a visita do pontífice aos locais de atuação de seu antecessor, João Paulo 2º. O polonês santificado em abril de 2014 é o patrono da JMJ.

Entre os eventos culturais de grande escala, destaca-se mais uma vez o Festival Eurovisão da Canção. Como o vencedor deste ano foi sueco Mans Zelderlof (Heroes), a próxima final será em Estocolmo, em 14 de maio. Com 43 países participantes, este será o maior Eurovisão de todos os tempos. A Ucrânia retorna à cena após um ano de pausa, devido à crise política nacional. E, como no ano passado, a Austrália volta a se apresentar no concurso, embora só na semifinal.

Marte e futebol

Em 14 de março, o mundo da ciência estará de olhos pregados no firmamento. É o início da longamente esperada missão euro-russa Exo-Mars,com o lançamento de uma sonda destinada a Marte. A Trace Gas Orbiter (TGO) parte do centro espacial Baikonur, no Cazaquistão. Em 2018 deve seguir-se um veículo de exploração espacial (rover).

E também os fãs do esporte têm bons motivos para antecipar 2016. Em 10 de junho, na França, será dada a partida para a Eurocopa. Trata-se de um torneio dos superlativos, envolvendo o número recorde de 24 seleções. Os favoritos são o país anfitrião e a Alemanha.

Após os atentados terroristas de Paris, porém, muito estará sob o signo da cautela. O local da final é o Stade de France em Saint Denis – ou seja, um dos pontos visados pelos terroristas em 13 de novembro de 2015. O desafio para os organizadores franceses será, então, impedir que preocupações de segurança obscureçam o evento esportivo.

*Com informações do DW.


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