Violência verso impunidade | Por Carlos Lima

Infelizmente, a violência continua sendo alimentada pela impunidade em nosso país, e aqui falamos sobre nosso local de moradia, Feira de Santana.

Os índices de violência estão acima das estatísticas aceitáveis. Se é que podemos aceitar qualquer ato de violência, mesmo estatisticamente, como normal.

A violência tem alimentado as manchetes, matérias e editorias dos programas de rádio e dos nossos jornais, deixando bem claro que vontade política de combater a impunidade e reduzir os índices de violência ainda é muito frágil.

Todos nos recordamos dos relatos sobre a eclosão de violência programada, precedida de alguns sinais assinalados pelo vulcão que continua ativo pela superpopulação dos presídios em todo o país. Depois assistimos e ouvimos as notícias dos ataques simultâneos às delegacias, postos policiais e a policiais.

Os fatos, os indícios e a certeza de que os marginais estão treinados e bem armados foram desdenhados e totalmente ignorados pelas principais autoridades competentes do setor de segurança. Somente depois que o vulcão explodiu, ceifando covardemente as vidas de gente honesta e trabalhadora, e dos atentados contra as instituições públicas, é que ações de repressão aos ataques por parte do estado foram tomadas.

Existem muitos fatos que continuam a estarrecer a sociedade acerca do sistema prisional no Brasil. Presídios lotados, corrupção, falhas na segurança e falta de alternativas para evitar a ação dos criminosos, são uns dos principais motivos de rebelião.

Nos países do primeiro mundo, bandido servindo pena não tem privilégios. O regime reinante nos presídios é de obediência às regras, muita disciplina e trabalho. Quem escrever fora da cartilha é punido sem apelação. Afinal de contas, é isso que se espera do Sistema Prisional: que o preso cumpra a sua pena, e seja reabilitado e devolvido à sociedade.

No caso do Brasil onde inexiste a vontade política para investir no sistema, as penitenciárias são depósitos de presos, escolas do crime para os novatos e quartel-general para os chefões do crime organizado.

A situação no presídio aqui em Feira de Santana não é diferente do resto do país. Precisamos estar alertas aos sinais que se apresentam todos os dias. E, se estamos sentados em um barril de pólvora prestes a explodir, a sociedade deve reivindicar e fortalecer ações eficientes de repressão e exigir do governo do estado mais rapidez na adoção de medidas que acabe com a superlotação do presídio regional de Feira de Santana e de todo o estado, além de aumentar substancialmente as forças de segurança pública no Estado da Bahia.

Por sua vez, todos os setores de segurança devem unir capacidade e inteligência para se manter na vanguarda de acontecimentos que porventura estejam sendo planejados pelo crime organizado que deve, pelo menos aqui, ter seu círculo de influência interrompido com o máximo rigor.


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