
Podemos admitir que as cinco eleições diretas para presidente da republica, representam um avanço significativo na história política do Brasil, apesar de ter elegido governos populistas e autoritários durante estes 24 anos de democracia ininterrupta, mas, mesmo assim, é necessário aprimorar este regime e resolver os problemas de ordem estrutural.
Admitamos, também, que se conquistou no Brasil uma democracia definitiva e genuína, porém, questionável na sua essência porque é preciso que esse sistema seja de inclusão, onde o cidadão seja mais participativo e que os problemas sociais e econômicos rendam-se aos anseios da sociedade.
Seguindo esta linha de raciocínio, mais da metade dos cidadãos latino-americanos, em nome da solução dos problemas sociais e econômicos dos seus paises, estariam dispostos a aceitarem um governo autoritário, enquanto outra parte estaria a favor de uma administração progressista, mesmo que colocasse em risco a democracia, apesar da participação da sociedade ser primordial na busca de uma democracia ideal, com justiça social, emancipação humana e de uma política plena.
O Chavismo, na Venezuela e o sistema “escravagista” de Evo Morales, na Bolivia, catastroficamente nos mostram que o clientelismo predomina na democracia latino-americana, fracassando na procura de proporcionar liberdade cívica e garantindo os direitos humanos, sendo tachada por alguns historiadores como democracia inercial.
Além da democracia autoritária, que já faz parte da cultura latino-americana, impera também, um sistema delegativo, criando frágeis instituições políticas onde existe a corrupção patrocinando crises de ordens sócio-econômicos, silenciando e deixando vulnerável a opinião pública, que fica exposta ao autoritarismo do Presidente da Republica e de sua equipe pessoal.
Finalmente, a sociedade e a mídia, devidamente organizados, podem criar mecanismos para controlar e punir os desmandos e o excesso de poder praticado pelo governo através de sanções legais, como por exemplo, o impeachment. É necessário que haja um revezamento no poder para que a democracia seja fortalecida.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




