O fato é que o ambiente anda tenso entre Kassab e antigos aliados. Preocupados com o crescimento do PSD e o provável alinhamento à base de apoio da presidente Dilma Rousseff (PT), alguns deles não se constrangem em afirmar que vão ingressar com ações para que o novo partido não seja registrado.
Kassab tem até o final de setembro para entregar à Justiça Eleitoral e autenticar a veracidade de 490,3 mil fichas de apoio ao partido se quiser disputar as eleições do ano que vem. “O PSD é um partido sem dignidade. Essa questão das assinaturas virou caso de polícia”, afirma o deputado ACM Neto (DEM-BA). O parlamentar se refere à descoberta de cinco eleitores mortos na lista de apoio coletada em Santa Catarina, onde o governador Raimundo Colombo deixou o DEM para ajudar a fundar o novo partido.
PSD é formado com ajuda de caciques regionais, de petistas e até de tucanos
A lista de padrinhos e patrocinadores do novo partido inclui os governadores da Bahia, Jaques Wagner (PT); do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB); de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB); de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM); do Amazonas, Omar Aziz (PMN), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Mas todos, exceto o catarinense Colombo, também vão ficar onde estão, usando o PSD como sublegenda para ampliar a força política em seus Estados.
Na Bahia, Kassab se aliou ao governador petista que, não por acaso, entregou a tarefa da montagem do PSD ao vice-governador Otto Alencar (PP). O vice é um velho dissidente do grupo do ex-senador Antonio Carlos Magalhães que agora se dedica a esvaziar ainda mais o espólio daquele que já foi conhecido como “dono da Bahia”, levando todos com ele para o PSD.
Metade da bancada baiana do DEM – três deputados federais – assinou a ficha do novo partido. Até o primo de ACM Neto, o deputado Paulo Magalhães (DEM), aderiu ao PSD e passou a votar com o governo na Câmara.
Extinção do DEM. No Maranhão, o DEM será extinto e o PSD será a segunda força política no Estado, depois do PMDB da governadora Roseana Sarney. Com a bênção do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, sua mulher e deputada Nice Lobão sairá da presidência estadual do DEM para comandar o PSD maranhense. Levará com ela toda a bancada estadual, inclusive o secretário de infraestrutura e deputado Max Barros (hoje no DEM).
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