Salvador: Juliana Ribeiro comemora ‘Dia da Consciência Negra’ com show ‘Preta Brasileira’

Juliana Ribeiro.
Juliana Ribeiro.
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Juliana Ribeiro.

Após lançamento do clipe “Preta Brasileira”, dirigido por Fábio Vaz, a canção homônima de Juliana Ribeiro não parou mais. Percorreu institutos e universidades com a ação “Preta nas Escolas”, em que a artista discute questões de gênero e de raça a partir da obra audiovisual, e agora será exibido pela primeira vez no Teatro Vila Velha, abrindo o show “Preta Brasileira”, próximo dia (19/11/2016), às 20h, quando Juliana Ribeiro inicia as comemorações do Dia da Consciência Negra (20/11).

O espetáculo integra da programação do VII Festival “A Cena Tá Preta”, a convite do Bando de Teatro Olodum. A apresentação acontece na véspera do Dia da Consciência Negra e propõe exaltar a beleza do protagonismo feminino através de uma proposta multiartística que reúne música, teatro e poesia em canções inéditas e clássicos da trajetória da artista. “A mulher negra que está na minha canção, está também no mercado trabalho, chefiando famílias e dirigindo setores”, realça Juliana.

No repertório, canções lançadas nesta temporada se mesclam a clássicos que falam da mulher atual, como a própria “Preta Brasileira”, “Canto de Olorum”, que fala do feminino a partir do Canto de Oxum – um presente de Gerônimo e Lapa à cantora -, “Cantador do Sertão”, de Seu Reginaldo Souza, e “Rainha Ginga”, uma homenagem à eterna Clementina de Jesus, em parceria com Lia Chaves.

Já as releituras trazem surpresas como “Carcará”, de João do Valle, que passou por um processo de maturação na carreira da artista. “Carcará é desejo antigo da minha voz, mas precisava de algo que desse novo sentido à canção, até que encontrei na realidade das crianças brasileiras o motivo para cantá-la”, conta a artista. Uma canção de ninar africana, “Muriquinho”, ganha vida em dialeto vissungo, e “Maria da Vila Matildes” mescla a percussão afro-baiana num arranjo peculiar homenageando ‘A mulher do fim do mundo’, Elza Soares.

Para esta edição, uma convidada especial e parceira de composições, a cantora Lia Chaves, que comemora seus 35 anos de carreira em grande estilo, sobe ao palco do Vila Velha com sua verve que passeia entre o blues, o jazz, e o samba, dando vida a canções de matrizes africanas com muita personalidade vocal. Juliana Ribeiro e Lia Chaves cantarão “Rainha Ginga”, que compuseram juntas em homenagem à diva Clementina de Jesus.

A poesia se mistura às projeções fotográficas de Gal Meirelles, que integram a cenografia do espetáculo. A exposição ‘A Cor do Invisível’ traz representações cotidianas do feminino e será pano de fundo para as canções. Já o poema de Cecília Meirelles inicia o show e cria um momento de encantamento.

Uma homenagem afetiva também marca o espetáculo. Neta de Herondino Joaquim Ribeiro, um dos 11 estivadores que fundaram o Afoxé Filhos de Gandhy, Juliana irá reverenciar os 67 anos de existência do grupo, revivendo laços familiares e contando as histórias que ouviu do seu avô.

A letra de “Preta Brasileira” fala sobre a mulher negra na atualidade, inspirada na própria vivência da artista. Para Juliana, o conceito do show já é uma grande homenagem, pois “fala do lugar da mulher contemporânea, de seus desafios cotidianos e situações inusitadas que precisa enfrentar com jogo de cintura e irreverência”. “Preta Brasileira é essa mulher que trabalha, é mãe e mesmo assim arranja tempo para se produzir, seduzir e fazer suas próprias escolhas”.

Agenda

Quando: 19/11/2016 (sábado) | Hora: 20h

Onde: Teatro Vila Velha- Campo Grande | Salvador


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