Senadores Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann veem crime de responsabilidade em ação de Michel Temer

Presidente Michel Temer assisti os correligionários irem para o presídio acusados de atos de corrupção.
Presidente Michel Temer assisti os correligionários irem para o presídio acusados de atos de corrupção.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) classificou como “muito grave” a denúncia do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, contra o presidente da República, Michel Temer. A avaliação foi feita na abertura da audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), na noite desta quinta-feira (24/11/2016).

Segundo publicado pela imprensa, Calero informou, em depoimento à Polícia Federal, que o presidente Temer o pressionou para encontrar uma saída para um caso de interesse do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Calero pediu demissão na semana passada, acusando Geddel de pressioná-lo para o que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão vinculado ao Ministério da Cultura, liberasse um projeto imobiliário no qual o ministro adquiriu uma unidade. O imóvel, que fica em Salvador, está com sua construção embargada pelo Iphan.

Na visão de Gleisi Hoffmann, o episódio vai exigir uma postura de muita firmeza por parte do Senado. Ela disse que a ex-presidente Dilma Rousseff foi afastada “politicamente”, em uma manobra para caracterizar a edição de decretos como crime de responsabilidade. Para a senadora, o caso de Temer tem uma evidente base jurídica para um processo de impeachment.

Segundo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), Temer praticou tráfico de influência e advocacia administrativa ao pressionar o então ministro Calero. O senador também anunciou que vai ter uma reunião com sua equipe jurídica para apresentar um pedido de impeachment. Ele ainda acrescentou que vai pedir uma reunião com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para tratar do assunto.

– Temer usou o cargo de presidente da República para interesses privados. Ele agiu como sócio de Geddel. É gravíssimo e caracteriza crime de responsabilidade – afirmou o senador, que ainda defendeu a realização de eleições diretas, em caso de queda de Temer.

*Com informações da Agência Senado


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