
Na quarta-feira (27/09/2017), professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) paralisam atividades e realizaram ato público em Salvador em protesto contra o ajuste fiscal e o arrocho salarial do governo estadual. Segundo os grevistas, as perdas salariais são de quase 20% e mais de R$ 50 milhões deixaram de ser repassados para a universidade nos últimos anos. A categoria aprovou indicativo de greve no mês de julho.
Direitos trabalhistas negados
A Assessoria de Gestão de Pessoas da UESB informa que estão travados 17 processos de mudança de regime de trabalho e 61 promoções, sendo 15 na fila para pleno, 36 para titular e 10 para adjunto. Além das promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho, outros direitos trabalhistas não são respeitados, como a reposição inflacionária.
O movimento grevista diz que nos últimos dois anos, o governo do estado não realizou o pagamento do reajuste linear e as perdas inflacionárias acumuladas são de quase 20% ao longo do período. Por exemplo, um Auxiliar A 20h, cujo salário bruto (sem os descontos legais) mínimo é de R$ 2.172,05, deixa de receber R$ 279,98 (19,3%) por mês. A situação gera uma perda acumulada (considerando janeiro de 2015 a junho de 2017) de R$ 4.842,11.
Crise orçamentária
O movimento grevista afirma que o governo do Estado tem reduzido verbas de manutenção, investimento e custeio das Universidades Estaduais da Bahia. Tomando como base 2013, mais de R$ 50 milhões deixaram de ser repassados para as verbas de manutenção, investimento e custeio da Uesb. A situação afeta diretamente o funcionamento da Instituição. Editais com financiamento interno para pesquisa não são publicados há três anos, o que resulta no não atendimento de mais de 210 projetos. Um grave ataque à produção de conhecimento. Faltam recursos também para o pagamento de bolsas, de fornecedores, materiais para laboratórios, aulas de campo e outras atividades essenciais.
A luta
O Movimento Docente das Universidades Estaduais da Bahia protocolou a pauta de reivindicações da categoria em dezembro de 2016. Contudo, o Governo da Bahia tem protelado a discussão. A suspensão de atividades e o ato público em Salvador têm como finalidade pressionar o Estado a avançar no processo de negociação.
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