
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, acredita que em pouco tempo a língua portuguesa será um idioma oficial das Nações Unidas e defendeu que o português já é uma língua global. Ele fez a declaração este final de durante uma entrevista exclusiva à ONU News, em Nova York, à margem dos debates da Assembleia Geral da ONU.
Segundo o chanceler luso, “o português é a língua mais falada no Hemisfério Sul e está entre as cinco mais faladas no mundo”, tendo atualmente cerca de 260 milhões de pessoas que têm o idioma como língua materna. Ele afirmou que a língua portuguesa deve crescer ainda mais nas próximas décadas por razões demográficas, e que essa subida ocorrerá principalmente no continente africano.
“De acordo com as projeções da ONU, por meados deste século, os falantes de português chegará perto de 400 milhões. E pelo fim do século, teremos quase 500 milhões de pessoas em todo o mundo falando português como idioma nativo.”
O chefe da diplomacia de Portugal acredita que nas próximas décadas o idioma será oficial em várias instituições internacionais; analistas estimam que 500 milhões de pessoas falem português até o fim do século.
Língua oficial
Santos Silva disse que, através do empenho de todos, o idioma pode ser reconhecido em várias organizações internacionais como língua oficial. Ele destacou que o número de pessoas que utilizam as variantes da língua é importante, mas que a qualidade do conteúdo produzido é fundamental. E disse acreditar que o português ainda se afirmará em outras áreas do conhecimento.
“Ela tem que ser também uma língua de ciência e de cultura, e tem que ser uma língua de comunicação e de negócios. E estamos a trabalhar na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) nessa direção, com o Instituto Internacional de Língua Portuguesa sediado em Cabo Verde e dirigido por uma moçambicana. Nós da nossa parte contribuímos também com o nosso Instituto Camões [de difusão da língua e da cultura]”.
O ministro comentou a declaração do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, de que a CPLP está empenhada em promover o português em organizações internacionais incluindo a ONU. Costa frisou o desejo dos países lusófonos de ver o português figurar entre as línguas oficiais das Nações Unidas.
Na ONU a decisão sobre o estatuto de uma língua figurar como oficial compete aos países-membros da Assembleia Geral. Atualmente, existem seis línguas oficiais nas Nações Unidas: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo.
Países lusófonos querem português como língua oficial da ONU
O primeiro-ministro português António Costa defendeu quarta-feira (20/09/2017), na ONU, uma reforma do Conselho de Segurança, alargando-o a países como o Brasil e a Índia, e frisou que permanece o desejo entre os países lusófonos do português figurar entre as línguas oficiais das Nações Unidas. A informação é da Agência Lusa.
Costa começou por aludir à recente resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a cooperação entre a ONU e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), “que visa precisamente fortalecer as complementaridades entre as duas organizações”.
“Aproveito para referir a importância da língua portuguesa, que se afirma hoje como um instrumento de comunicação com dimensão global. Em meados deste século, o português deverá contar com quase 400 milhões de falantes, o que tem justificado a sua elevação a língua oficial em diversos organismos internacionais. A adoção do português como língua oficial das Nações Unidas permanece um desígnio comum dos Estados Membros da CPLP”, salientou o primeiro-ministro.
No plano político, Costa defendeu também a reforma do Conselho de Segurança, “para lhe assegurar uma representatividade acrescida do mundo atual”.
“O continente africano não pode deixar de ter uma presença permanente, e o Brasil e a Índia são dois exemplos incontornáveis. Por outro lado, a complexidade dos problemas globais que hoje enfrentamos impõe a necessidade de cultivar as parcerias, envolvendo não apenas os Estados, mas também as sociedades civis, as instituições financeiras internacionais, as entidades públicas e privadas”, advogou.
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