Força-tarefa do Caso Lava Jato atua como partido político e corrupção atingiu membros, avalia Gilmar Mendes ministro do STF

Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Gilmar Mendes: Mas por um vício - esses vícios comuns a nós - (a Operação Lava Jato) virou, na verdade, uma instituição, um partido político. Quase ganharam, vocês viram, uma fundação.
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Gilmar Mendes: Mas por um vício – esses vícios comuns a nós – (a Operação Lava Jato) virou, na verdade, uma instituição, um partido político. Quase ganharam, vocês viram, uma fundação.

Reportagem de Célia Froufe veiculada nesta quinta-feira (25/04/2019) no jornal Estadão, revela  que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou na quarta-feira (24) que a Operação Lava Jato se transformou em um “partido político” e que o procurador da República Deltan Dallagnol fez uma “brincadeira” ao tentar criar uma fundação para gerenciar R$ 2,5 bilhões de recursos oriundos de uma multa, em processo da Petrobrás. As declarações do magistrado foram dadas em Lisboa, onde participa de um Fórum de Direito

O CNMP abriu um procedimento contra o procurador por ele ter afirmado que três ministros do Supremo formam “uma panelinha” e passam para a sociedade uma mensagem de “leniência com a corrupção”. Dallagnol se referia, em entrevista à rádio CBN, a Gilmar e aos também ministros do STF Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Para Gilmar Mendes, a Força-tarefa do Caso Lava Jato nada mais é do que um grupo de trabalho. “Mas por um vício – esses vícios comuns a nós – virou, na verdade, uma instituição, um partido político. Quase ganharam, vocês viram, uma fundação”, comentou. Segundo ele, a fundação “Lava Jato” seria uma “brincadeira que Dallagnol teria para fazer política”.

Durante discurso no Fórum, Mendes disse que era preciso tomar cuidado com forças-tarefa que poderiam se transformar em milícias. Quando perguntado se estava se referindo à Lava Jato neste caso, disse que era a “coisas como o tipo”.

Lula. Sobre o julgamento, no STJ, do caso do triplex do Guarujá que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilmar afirmou que a Corte “agiu como um tribunal deve agir” e passou um “recado claro às instâncias inferiores para moderarem seus discursos”.

O ministro disse que a decisão do STJ no processo terá reflexos em novas demandas por parte da defesa de Lula . “Acho que haverá certamente outros pedidos de habeas corpus contra esta decisão do STJ, além da questão do trânsito em julgado e tudo o mais que está pendente”, afirmou Gilmar em relação ao fato de o processo levar tempo para ser apreciado pelo STF.


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