Visita de presidente eleito da Argentina ao México aponta nova aliança da esquerda da América Latina

Presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, e presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador durante encontro no Palácio Nacional na Cidade do México.
Presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, e presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador durante encontro no Palácio Nacional na Cidade do México.
Presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, e presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador durante encontro no Palácio Nacional na Cidade do México.
Presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, e presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador durante encontro no Palácio Nacional na Cidade do México.

A perspectiva de uma esquerda latino-americana mais unida cresceu na segunda-feira (04/11/2019), quando o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, e o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, debateram a retomada de uma alternativa diplomática regional à Organização dos Estados Americanos (OEA), que é vista como influenciada pelos Estados Unidos.

Os países latino-americanos vêm oscilando entre governos de esquerda e conservadores, muitas vezes com políticas econômicas e sociais radicalmente diferentes, nas últimas décadas.

Desde o ano passado, a revolta com a corrupção, a desigualdade e a pobreza expulsaram conservadores do México e da Argentina e atiçaram protestos que forçaram o Equador e o Chile a amenizar políticas econômicas liberais nas últimas semanas.

O presidente eleito argentino aproveitou sua primeira visita ao exterior desde que conquistou o cargo no mês passado para proclamar uma nova era de cooperação de esquerda, em uma tentativa aparente de demonstrar que não ficará isolado na região, apesar de o Brasil ter um governo de direita liderado pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Estou determinado a unir a América Latina novamente, a voltar a unir forças para enfrentar o desafio da globalização de outra maneira”, disse Fernández a repórteres no palácio presidencial do México depois de se reunir com López Obrador.

No ano que vem, o México assumirá a presidência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), entidade regional estabelecida pela Venezuela durante o governo do falecido presidente Hugo Chávez que perdeu influência nos últimos anos.

“Esta é uma chance de fortalecer um dos organismos, um dos espaços de integração que foram esquecidos recentemente”, disse Fernández sobre a Celac, vista por alguns da esquerda como um contrapeso à OEA — que argumentam ser um veículo da influência dos Estados Unidos na América Latina.

*Com informações de Frank Jack Daniel, Ana Isabel Martinez, Daina Beth Solomon e Dave Graham, da Agência Reuters.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.