Arco de alianças que levaram Wagner ao governo, não será repetida em 2010

Governador Jaques Wagner participa da reunião ampliada do Diretório Estadual do PT em Camaçari com a presença de Ricardo Berzoini.
Governador Jaques Wagner participa da reunião ampliada do Diretório Estadual do PT em Camaçari com a presença de Ricardo Berzoini.
Governador Jaques Wagner participa da reunião ampliada do Diretório Estadual do PT em Camaçari com a presença de Ricardo Berzoini.
Governador Jaques Wagner participa da reunião ampliada do Diretório Estadual do PT em Camaçari com a presença de Ricardo Berzoini.

O governador Jaques Wagner, participou do Encontro Estadual do PT no município de Camaçari, onde foi iniciado o debate sobre as estratégias do partido para  as eleições de 2010. Wagner foi enfático, o nome do partido para o governo da Bahia “’é o meu”, rechaçando desta forma, qualquer ideia de ceder o cargo de candidato ao PMDB. Referindo-se diretamente a Geddel Vieira Lima, declarou: “Se o ministro for candidato ao governo, será em outra chapa, não na minha”.

Pode-se aduzir e até afirmar que existiram pressões por parte de membros do palácio do planalto para que Wagner cede-se a vaga de governo a Geddel. Formando na Bahia, a chapa dos sonhos do presidente Lula, PT/PMDB. As declarações de Wagner confirmam as pressões noticiadas pela impressa baiana.

Buscando a unidade, o governador sinaliza com a possibilidade de oferecer, além da vaga de senador, a vaga de vice-governador e uma fatia maior de secretários, e afirma: “o que temos acertado é a vaga ao Senado para o partido, uma demanda do PMDB com a qual concordamos plenamente”, disse. “Mas no processo de negociação, tudo é possível. Ou impossível”, concluí.

Arco desfeito

Diferente de 2006, quando vários partidos de esquerda e centro esquerda (PT, PMDB, PC do B, PSB, PPS, PV, PTB, PMN, PRB) formularam uma ampla frente de oposição aos Democratas (Carlismo). Wagner caminha para as eleições de 2010 sem o PPS e com a possibilidade concreta da saída do PMDB, além de outros partidos que até o momento não se posicionaram.

Neste processo, a manutenção da aliança com o PMDB na sua base de aliados é imprescindível. O peso político do partido é considerável, cerca de 100 prefeitos e tem importância estratégica nacional, comenta-se que o ministro Geddel, tem considerável força, nas decisões da executiva nacional do partido, e que teria concordado com o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, como vice-presidente na chapa encabeçada pela ministra Dilma Rousseff.

Analisado os resultados da eleição passada (Jaques Wagner  (PT) – 3.242.336 votos (52,89%) x  Paulo Souto (DEM) – 2.638.215 votos (43,03%)), o governador percebe a necessidade de manter a aliança, sob o risco de perder a eleição. Desgastado pelo imobilismo do seu próprio governo, pelas críticas de correligionários e aliados, Wagner torce para que a candidatura de Geddel não decole. O que lhe proporcionaria mais tempo de TV e um palanque único, na Bahia, para a candidata do PT à presidência da república.

Tiro no pé

A manutenção dos cargos dos peemedebistas no governo pode ser um “tiro no pé”. Caso Geddel confirme sua candidatura ao Governo do Estado, o que deve ocorrer por volta de outubro de 2009. Ocorrendo isto, Wagner terá perdido tempo e espaço político para fortalecer alianças e reorganizar o seu fragilizado governo, rumo as eleições de 2010.

Neste processo político, a recuperação do prestígio de Jaques Wagner junto ao eleitorado baiano está intimamente ligado à capacidade de realizações concretas por parte do governo da Bahia. Analisando os últimos 30 dias do noticiário produzido pela AGECOM, o que se percebe é a falta de ações e investimentos concretos, enquanto sobra muito blá, blá, blá.

O tempo joga contra o governador, que precisa acordar mais cedo e trabalhar até mais tarde. O veredicto deste processo eleitoral será selado nas eleições de 2010. Por enquanto, as pesquisas apontam o nome de Jaques Wagner em primeiro lugar, mas também indicam, uma avaliação extremamente negativa no tocante a gestão do seu governo.

Leia também:

Wagner insiste em fechar aliança com PMDB

Quando Wagner tomou posse em 2006

Nome: Jaques Wagner (PT)

Número: 13

Nascimento: 16 de março de 1951, no Rio de Janeiro

Estado civil: Casado

Ocupação: Deputado federal (licenciado)

Vice: Edmundo Pereira Santos (PT)

Coligação: A Bahia de Todos Nós (PT, PMDB, PC do B, PSB, PPS, PV, PTB, PMN, PRB)

Patrimônio declarado: R$ 690.034,03

Previsão máxima de gastos de campanha: R$ 12 milhões


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.