Acordo “leonino” com consórcio da Braskem teria custado US$683 mi ao México, diz presidente López Obrador

López Obrador, presidente do México.
López Obrador, presidente do México.

O presidente do México disse que um acordo “leonino” de fornecimento de etano que ele pressionou para cancelar entre um consórcio apoiado pela brasileira Odebrecht e a petroleira mexicana Pemex teria custado aos contribuintes cerca de 15 bilhões de pesos (683 milhões de dólares).

O contrato entre a Petróleos Mexicanos (Pemex) e o consórcio formado pela Braskem, controlada pela Odebrecht, e o Grupo Idesa de México, foi assinado há uma década, na gestão do ex-presidente Felipe Calderón (2006-2012).

Em uma transmissão no YouTube no sábado, o presidente Andrés Manuel López Obrador disse que sua estimativa foi baseada no que ele descreveu como prováveis ​​subsídios injustos e multas pagas pelo não cumprimento dos termos do acordo que ele descreveu como “leonino”.

“Estamos falando de uma perda para a nação de cerca de 15 bilhões de pesos”, disse o presidente, que recentemente indicou que o contrato deveria ser cancelado.

No entanto, ele estimou que o país economizou cerca de 2,1 bilhões de pesos em penalidades que, segundo seus cálculos, seu governo deixou de pagar após a posse no final de 2018. “Não podemos continuar com isso”, disse o presidente.

A Braskem Idesa não respondeu imediatamente a um pedido por comentários. No início desta semana, o consórcio rejeitou qualquer irregularidade e disse que ganhou o contrato de fornecimento de forma justa.

De acordo com os termos do contrato, a Pemex teve que entregar etano abaixo dos preços atuais de mercado.

A Braskem Idesa disse que a fórmula de precificação não era baseada em preferência ou vantagem e era típica de contratos de longo prazo de commodities, sendo consistente com os preços cobrados pela Pemex nos 16 anos anteriores.

*Com informações de Dave Graham e Sharay Angulo da Agência Reuters.


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